Professores da rede estadual prometem paralisação

Os professores e funcionários da Educação do Paraná estão sendo chamados a cruzar os braços hoje. Com isso, a expectativa é de que não haja aula, fechando os três dias de mobilização da categoria, organizada pela APP-Sindicato.
A orientação do Núcleo Regional de Educação é para que os pais fiquem atentos à situação da escola do filho para só depois enviá-lo. A previsão é de uma paralisação parcial.
Integrante da APP, Núcleo Sindical de Paranavaí, Marcelo Lopes Rosa entende que há clima para a mobilização, o que representa grande índice de paralisação hoje.
Ele diz que a APP enviou carta para os pais, informando da situação e dos motivos dos profissionais. A carta fala da paralisação dos professores, mas não sugere que os alunos não sejam enviados. Essa é uma decisão da família, avalia.
Já para o Núcleo de Educação, os pais devem analisar a situação de cada escola. Com isso, vão evitar que os filhos fiquem nas escolas ou mesmo em outros locais de forma inadequada. “É caso a caso”, fala o chefe do Núcleo, Pedro Baraldi.
A orientação da secretaria de Educação é de que o dia eventualmente sem aula deva ser reposto. Caso contrário, o dia poderá ser descontado do professor.
O chefe do Núcleo entende que a paralisação será parcial, isso porque o Governo já assumiu o compromisso de conceder o reajuste, a partir do envio da proposta à Assembleia Legislativa. Ele concorda que a reivindicação que eleva a hora atividade 20% para um terço da carga horário não será contemplada.  
Como destaca informe da APP-Sindicato, a mobilização foi dividida em três dias: Na segunda-feira houve panfletagem. Ontem foram ministradas aulas de 30 minutos, com debate de professores e funcionários na sequência.
RELEMBRANDO A DATA – Como destaca o informe da APP-Sindicato, hoje é Dia de Luto e Luta. Por isso, a proposta de paralisação estadual e grande passeata em Curitiba. Dia 30 de agosto já é uma data tradicional para a entidade.
Todos os anos educadores relembram o episódio de 1988, quando a cavalaria investiu contra professores em manifestação. No ano passado, lembra, sete mil pessoas estiveram nas ruas da capital. Neste ano, o movimento pretende ser ainda mais intenso, já que coincide com o prazo dado ao governo para resolver as pautas da categoria.