Professores paralisam atividades amanhã
Nas escolas estaduais de Paranavaí e municípios vizinhos, a expectativa é que 90% dos docentes participem da paralisação. “Estamos otimistas”, disse o presidente da APP-Sindicato de Paranavaí, José Manoel de Souza.
A princípio, não haverá manifestações locais, mas uma grande concentração de professores em Curitiba. Na capital paranaense, os educadores saíram em passeata, reivindicando, também, o cumprimento de propostas feitas à categoria pelo Governo do Estado.
Souza afirmou que profissionais aprovados em concurso público realizado no ano de 2013 ainda não foram efetivados. Ele também falou sobre a necessidade de realizar um novo processo seletivo para a contratação de mais professores em todo o Paraná.
Outro item que figura na pauta de reivindicações da categoria é a defasagem salarial de 7,75%, “além das progressões que ainda não foram pagas desde a greve que fizemos no ano passado”, ressaltou o presidente da APP-Sindicato de Paranavaí.
Com a participação dos professores nos protestos desta quinta-feira, a orientação de Souza é que os alunos não sejam levados para as escolas. Ele também informou que hoje o tempo de duração das aulas será menor (30 minutos), ou seja, os alunos serão liberados mais cedo.
Salários de professores do PSS é depositado em folha complementar
Estarão disponíveis hoje os salários dos professores contratados pelo Processo Seletivo Simplificado (PSS) para fazer, ao longo do mês de fevereiro deste ano, as reposições de conteúdo referente ao ano letivo de 2015. A medida beneficia cerca de quatro mil profissionais.
A secretária de Estado da Educação, professora Ana Seres, lembra, ainda, que já foi solicitado às secretárias de Estado competentes um estudo sobre a viabilidade de um cronograma para pagamentos das progressões e promoções para a categoria. “Nossa intenção é equacionar essa situação de maneira escalonada”, explicou.
As informações são da Agência de Notícias do Paraná (ANPr).
NOVOS CONCURSOS – Além dessas demandas da categoria, em relação à pauta nacional de reivindicações do movimento dos trabalhadores da educação, previsto para esta semana, a Secretaria de Estado da Educação esclarece que os itens não se referem de maneira específica ao Paraná.
A secretária Ana Seres aponta, por exemplo, que a terceirização e a entrega de escolas a organizações sociais não ocorrem no Paraná. “Isso não só não acontece aqui como estamos estudando a abertura de novos concursos públicos para professores e funcionários da educação”, disse.
Ela acrescentou que já foram inclusive protocolados os dois pedidos de concursos para agentes I e II e, também, solicitada a oferta de dobra de padrão.
“Também estão sendo nomeados trezentos professores remanescentes do concurso público de 2013”. A secretária frisou que também foram ofertadas 10 mil vagas para licenças especiais. “Quanto ao parcelamento de salários, também não aconteceu no Paraná. Foi pago integralmente o décimo terceiro, em dezembro do ano passado, e a reposição da inflação, o que não ocorreu em outros estados”, disse Ana Seres.
“Outro item citado na pauta nacional é a militarização de escolas, que não ocorrem no nosso Estado”, observou a secretária. Além disso, em relação ao piso nacional, Ana Seres esclarece que um professor em início de carreira no magistério do Paraná recebe atualmente remuneração mensal de R$ 3,6 mil (para jornada de 40 horas por semana), para o nível I da carreira, licenciatura plena.
São R$ 2,8 mil de salário, mais R$ 800 de auxílio-transporte, o que totaliza a remuneração de R$ 3,6 mil. Já o piso nacional dos professores, anunciado pelo governo federal, é de R$ 2,1 mil para 40 horas semanais, após um incremento de 11% – antes era de R$ 1,9 mil.
No Paraná, a remuneração aumentou em relação ao ano passado, pois em janeiro foi concedido reajuste de 10,67% aos servidores, chegando ao piso de R$ 3,6 mil.
OUTROS AVANÇOS – A secretária explica que não foi apenas no salário que os educadores paranaenses receberam benefícios nos últimos anos, mas também na carreira. Um exemplo foi o aumento da hora-atividade em 75%.
Das 40 horas de trabalho semanal, dois terços do tempo são em sala de aula e um terço destinado à hora-atividade, que é o período que os docentes têm para preparar atividades e corrigir provas e trabalhos. “Isso tem um reflexo importante na qualidade e os grandes beneficiados são nossos mais de um milhão de estudantes”, comentou.