Projeto de valorização das vocações ganha adeptos no Brasil e em outros países

REINALDO SILVA
reinaldo@diariodonoroeste.com.br
Cada comunidade, uma nova vocação. Esse é o nome do projeto que tem se espalhado pelo Brasil e conquistado países da América Latina e da Europa, uma iniciativa que tem como foco a valorização das vocações e o estímulo aos fiéis da Igreja Católica a compartilharem experiências com a comunidade.
A ideia surgiu em 2017, quando dom Mário Spaki era secretário-executivo do Regional Sul 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Curitiba. “Foi uma inspiração”, contou o líder religioso. Sentou-se a uma mesa de escritório e em pouco tempo elaborou o projeto.
Começou a ser aplicado na Páscoa de 2018, depois de ser apresentado para bispos de diferentes partes do país. A proposta foi recebida com entusiasmo e passou a ser difundida nas dioceses. “Hoje está em 75% do território nacional”, calculou dom Mário Spaki. 
O projeto inclui duas ações. A primeira, rezar pelas vocações. É colocada em prática antes ou depois das celebrações religiosas e das reuniões comunitárias. Os ministros da eucaristia são os grandes responsáveis por manter o compromisso latente, por exemplo, nos horários das missas.
A outra vertente é a divulgação de testemunhos em meios de comunicação. Qualquer pessoa pode produzir um vídeo contando como escolheu o caminho a seguir e de que maneira desenvolve a vocação no dia a dia. Vale para sacerdotes, religiosas, missionários, leigos e famílias. 
As produções devem circular na comunidade, utilizando as redes sociais e os canais de comunicação disponíveis em cada bairro. Outra opção é fazer a divulgação na página oficial do projeto (www.vocacoes.org). Para isso, o vídeo deve ser enviado pelo próprio site, para que seja submetido à seleção.
AO REDOR DO MUNDO – Recentemente, o bispo diocesano de Paranavaí, dom Mário Spaki, esteve na Alemanha e apresentou o projeto para sacerdotes de lá. Da mesma maneira que no Brasil, a proposta foi recebida positivamente e já conquistou adeptos. Em Portugal também foi assim, bem como na Venezuela.
Mas dom Mário Spaki quer que a ideia vá mais longe e alcance todo o mundo. “Temos muitas coisas bonitas dentro da igreja e precisamos fazer com que as pessoas conheçam.” Por isso, levará o projeto para outros países, para que as vocações sejam valorizadas nos mais diferentes lugares. Em 2020, por exemplo, será apresentado no encontro de bispos da Itália.
VALORIZAÇÃO DA VIDA – O bispo diocesano de Paranavaí disse que a divulgação das histórias é importante porque mostra que todas as pessoas podem acolher a vocação e desempenhar suas funções dentro da comunidade de maneira bem-sucedida. “Queremos conhecer essas narrativas, conhecer a vida de cada um”, disse dom Mário Spaki.