Promotor diz que ex-presidente da Conmebol reconheceu desvios

SÃO PAULO (FOLHAPRESS) – O uruguaio Eugenio Figueredo, ex-presidente da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), reconheceu que existe corrupção na entidade que rege a modalidade no continente, segundo comunicado do promotor que pediu a prisão do dirigente no Uruguai.
Figueredo, 83, estava detido na Suíça desde 27 de maio e teve sua extradição solicitada pelo Uruguai após a explosão do escândalo de corrupção que abala a entidade que comanda o futebol mundial. Ele chegou a Montevidéu na quinta (24).
O cartola "reconhece que são evidentes as movimentações indevidas de dinheiro na Conmebol e, pelos contratos que assinava, ao assumir o cargo de presidente, procurou ‘legalizar’ o ‘dinheiro sujo’ que dividiam" em "uma rede de corrupção que arruinou o futebol sul-americano, uma impunidade que se manteve durante décadas", escreveu o promotor Juan Gómez em seu comunicado sobre o caso.
Figueredo, segundo o promotor, reconhece que tal modo de agir se traduzia em prejuízo a clubes e a jogadores profissionais, no caso do Uruguai.
Ele será julgado por crimes de fraude e lavagem de dinheiro no Uruguai, já que movimentava esse dinheiro no país, e ficará detido durante o processo judicial.