Proposta de compra de farinha está parada no Ministério da Fazenda

A proposta de compra de farinha de mandioca para formação de estoques reguladores continua parada no Ministério da Fazenda. A informação é do presidente da Aproman – Associação dos Produtores de Mandioca do Paraná, Francisco Abrunhoza, que vê com preocupação a demora do Governo em começar as compras, acordadas em reunião com o setor no dia 13 de maio.
Segundo o presidente, a senadora Gleisi Hoffmann confirmou ontem pela manhã que a proposta está no Ministério da Fazenda, em tese, aguardando apenas a assinatura do ministro.
O problema da demora é que não há mais tempo para o produtor suportar longo período de preços abaixo do custo de produção, fala. Segundo ele, uma das razões é o excesso de oferta. Com a compra prometida, analisa, os preços deverão subir.
Abrunhoza afirma que há casos de entrega da tonelada da raiz para a indústria a R$ 130,00, valor muito inferior ao custo de produção, hoje na faixa de R$ 256,00. Ele diz que houve novo aumento no custo final de produção por conta do reajuste no preço do combustível.
Cotação média fornecida pelo Departamento de Economia Rural – Deral – da Secretaria de Estado da Agricultura (Núcleo de Paranavaí) de ontem à tarde, apontava média variando entre R$ 152,00 e R$ 167,00 a tonelada.  
A proposta inicial é de compra de 80 mil sacas de 50 quilos de farinha em duas etapas. Isso representa 17 mil hectares de lavoura ou 30 mil toneladas de raiz (levando em conta que para cada quilo são necessários 7,5 quilos de raiz).
O Paraná possui em torno de 179 mil hectares de lavoura de mandioca, informa o presidente. A decisão e anúncio de compra de farinha foram feitos em reunião do setor da cultura da mandioca com autoridades em Brasília.