Protesto e negociação dos professores com o Governo do Estado

Os professores estaduais realizaram ontem o protesto que haviam marcado em todo o o Estado. Em Curitiba a concentração foi em frente ao Palácio Iguaçu, no Centro Cívico. O protesto na capital foi encerrado após lideranças do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Paraná (APP Sindicato) reunirem-se com representantes da Secretaria de Estado da Educação (Seed), por volta do meio-dia.
De acordo com o secretário de imprensa da APP Sindicato, Luiz Fernando Rodrigues, no encontro discutiu-se as denúncias de fechamento de escolas rurais e de Educação de Jovens e Adultos (EJA) no interior do Paraná, assunto que será novamente discutido em reunião marcada para a próxima terça-feira (2).
Em relação ao pagamento de progressões atrasadas que, segundo Rodrigues, somam R$ 70 milhões, o governo garantiu que o montante será implementado na folha de pagamento de dezembro. A previsão é que até o fim do ano a dívida seja quitada, a depender da liberação da Secretaria da Fazenda.
Um dos assuntos em pauta sobre o qual não houve negociação plena foi a regularização dos professores com contratos temporários, os chamados PSS. O sindicato apresentou dois projetos, o primeiro, que deve ser encaminhado à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), torna possível que o tempo de atuação como professor temporário seja contabilizado para a progressão na carreira caso o profissional passe em um concurso.
O segundo garante o pagamento do PSS pela titulação – atualmente, todos os professores temporários recebem como se tivessem apenas graduação. Conforme Rodrigues, a Seed alegou que a implantação do projeto geraria um impacto de R$ 220 milhões na folha de pagamento e não há previsão orçamentária no momento. “Mas manteremos o debate vivo”, disse o sindicalista.
Além disso, os professores fizeram um repúdio à decisão da Alep que suspendeu as eleições para diretores e à violência sofrida pelos educadores no dia da votação, em um episódio que gerou confusão e alguns docentes ficaram feridos ao serem retirados do plenário.
A paralisação ocorreu no dia em que aconteceriam as eleições para diretores das escolas estaduais. O processo eleitoral, entretanto, foi suspenso pelo governo por um ano, fato contestado pela APP Sindicato.