Psicóloga leva orientação aos pais dos alunos do CEI da Santa Casa
O Centro de Educação Infantil Anibal Ajita, implantado pela Santa Casa de Paranavaí, e destinada exclusivamente para filhos de funcionários, promoveu um ciclo de encontro dos pais com uma psicóloga.
A iniciativa foi uma consequência da constatação de que alguns pais eram jovens, “marinheiros de primeira viagem”, e apresentavam alguma dificuldade na orientação das crianças. A escola entendeu que poderia contribuir com os pais.
“Quando as crianças são levadas aos centros de educação infantil é uma ruptura, uma mudança de hábitos e comportamento para elas (crianças) e para os pais. E, num primeiro momento, os pais têm até alguma dificuldade de entender o nosso papel. Ainda há um resquício do antigo pensamento das creches, que eram instituições sociais. Hoje há o acolhimento sim, mas a função principal é a educacional”, diz a coordenadora do Centro, Michele de Assis Golim.
As crianças, quando chegam aos centros, não estão acostumadas a regras e normas, nem os pais. “É normal a superproteção. Só que isto pode inibir o desenvolvimento e a socialização das crianças. Então conversamos com uma profissional para orientar os pais”, explicou a coordenadora.
O trabalho foi realizado pela psicóloga Nivana da Rosa Komochena. Foram cinco encontros com os pais, no auditório da Santa Casa.
“Entendemos que para ter resultados efetivos era melhor fazer um trabalho continuado do que apenas uma palestra”, explicou a profissional. Ela trabalhou a técnica chamada de Terapia Cognitiva Comportamental (TCC).
Ao final do trabalho foi feita uma avaliação e 100% dos pais aprovaram os encontros. Nem mesmo os eventuais “puxões de orelha” foram motivos de reclamação.
“Os pais são agentes de mudanças. Só que às vezes se sentem exageradamente culpados pelo pouco tempo que podem dedicar aos filhos. E querem compensar isso com presentes. Importante é a presença, não o presente”, disse Nivana.
A conversa da psicóloga com os pais já surte efeitos. “Já percebemos mudanças de hábitos e comportamento das crianças e dos pais. Foi uma boa iniciativa”, comenta Michele Golim. “Os pais entenderam os níveis de desenvolvimento infantil e como proceder diante da tão difícil tarefa de orientação de seus filhos”, arrematou ela.