Quadrilha sequestra duas famílias de bancários para roubar agência

Duas famílias passaram momentos de tensão em Colorado desde a noite de anteontem. Elas ficaram reféns de uma quadrilha que roubou dinheiro de uma agência do Banco do Brasil na manhã de ontem. Após o roubo, os ladrões fugiram levando dinheiro, uma refém e o carro de uma das vítimas. O carro e a mulher foram encontrados perto de um distrito. Ninguém se feriu.
O delegado de Colorado, José Luis Moron, informou por telefone que a ação dos ladrões começou com a rendição de duas famílias de funcionários do banco, que permaneceram reféns na casa do gerente até o começo da manhã. Depois, por volta das 7 horas, foram até o banco, onde renderam todos que chegavam. Fugiram levando uma quantia em dinheiro não divulgada pelo Banco do Brasil.
Embora tenham feito ameaças, os ladrões não foram agressivos fisicamente. Segundo Moron, não houve violência física contra pessoas, no entanto, os assaltantes estavam fortemente armados. Eles usavam capuz e tiveram tempo e o cuidado de levar equipamentos do sistema de videomonitoramento, dificultando eventuais identificações.
O delegado espera ouvir as vítimas a partir de hoje, mas antecipa que se trata de gente de fora. O delegado não se recorda de um crime semelhante na cidade até então. A forma de agir mostrou organização e planejamento, opinou um policial. Após o crime a Polícia Militar fez uma série de buscas, empregando grande efetivo, porém, não localizou suspeitos.  
CRIME SEMELHANTE – Na tarde do dia 28 de junho desse ano, um funcionário do Banco do Brasil de Paranavaí sofreu sequestro relâmpago. A forma de agir tem algumas características parecidas com o crime de ontem em Colorado.
Naquele dia, uma sexta-feira à tarde, o funcionário saiu de casa para levar a filha de cinco anos até a escola. Por volta das 13h30, a vítima foi abordada por um homem. O ladrão exigiu que o bancário pegasse o dinheiro do caixa eletrônico de um supermercado e de um posto de combustíveis. Antes, passaram na agência para pegar as chaves que abririam os caixas.
O bancário nada pôde fazer porque o assaltante mantinha a sua filha como refém dentro do carro. No final, o ladrão obrigou o bancário a dirigir até a cidade de São João do Caiuá.
Por volta das 17 horas, após rodar por alguns minutos, o bancário e sua filha foram deixados na PR-494 que liga São João do Caiuá a Cruzeiro do Sul. O carro da vítima foi abandonado logo depois e localizado pela Polícia Militar. Na época, o Centro de Operações Policiais Especiais – COPE – participou das investigações. Porém, o crime não foi desvendado.