Quarteto pedala de Curitiba até Paranavaí para visitar os avós
Motivados para fazer uma visita aos avós que completam 70 anos de casados neste ano, os ciclistas Keller Devair Muzy, Marcelo Barboza Queiroz, Telma Batista de Queiroz e Mirian Barbosa de Queiroz viajaram de Curitiba a Paranavaí (500 km) de bicicleta.
Keller é de Curitiba e os demais de Campina Grande do Sul.
“Viemos de bicicleta, não somos profissionais e nunca participamos de prova de ciclismo. Compramos as bicicletas exclusivamente para esta viagem que teve um motivo especial. Tivemos pouco tempo de treinos, só aos finais de semana e nunca em dias consecutivos”, explica Keller.
Ele também admite que o grupo não tinha certeza que conseguiria completar o roteiro da viagem. Mas, destaca, a vontade e garra eram grandes, superando as dúvidas se a parte física suportaria a aventura de uma semana pedalando pelas estradas paranaenses. Chegaram a Paranavaí na quinta-feira às 16h e tinham retorno previsto, agora motorizados, para ontem à tarde. Em média pedalavam 100 km por dia.
O grupo chegou molhado, pois choveu a partir de Maringá.
Na chegada a Paranavaí, familiares os esperavam com uma faixa de boas-vindas.
“Quando estávamos treinando o único pensamento é que queríamos fazer essa homenagem a eles (os avós). Em todo o momento e na programação pensávamos neles. Nossos avós estão fortes e lúcidos, e essa força é que nos ajudou no desafio de subir e descer as serras, muitas delas pesadas”, detalha.
Entre poucos furos de pneus e outros desafios, o grupo diz que 99% dos motoristas ajudaram, abrindo espaço e passando palavras de incentivo. “Claro que tem uns e outros não apoiavam e diziam que não deveríamos de estar ali e que estávamos atrapalhando o trânsito”, pondera.
A FAMÍLIA – Os avós dos ciclistas são João Dias Barbosa (92 anos) e Anita Rodrigues Barbosa (90), residentes no Jardim Morumbi. Eles têm um filho deficiente (60 anos), ainda cuidado pelos pais.
Keller inclusive completou 40 anos na estrada e resume a viagem de bike. “Valeu muito a pena, foi melhor que esperávamos. Tem a autoestima, pois cada um pegou o seu motivo e seguiu. Comecei a dar mais valor nas atividades físicas”, diz o ciclista que no dia a dia ganha a vida como funcionário público.
O responsável pelo carro apoio Mário Queiroz falou, que saiu de Paranavaí de ônibus e voltou dirigindo, pois conhece bem o percurso por ter residido em Curitiba. Ele define: “Foi uma turma animada. O carro tinha que subir em baixa marcha e imagina quantas pedaladas eles deram para vencer as serras, vejo que foi desgastante, creio que o objetivo valeu”.