Quase 14 mil crianças deverão ser vacinadas contra o sarampo no Noroeste do Paraná
Com aumento de 25% semanal no número de casos de sarampo, o Brasil já contabiliza mais de 800 confirmações da doença. A maioria dos registros foi feita no Amazonas (519) e em Roraima (272), mas também há pacientes no Rio de Janeiro (14), no Rio Grande do Sul (13), em Mato Grosso (dois), no Pará (dois), em Rondônia (dois) e em São Paulo (um).
Por causa do avanço do sarampo em território nacional, o Ministério da Saúde promoverá uma campanha de vacinação. Será realizada em todos os municípios brasileiros de 6 a 31 de agosto, tendo como público-alvo crianças de um a quatro anos de idade. A expectativa é imunizar 13.837 pessoas nessa faixa etária em municípios do Noroeste do Paraná.
O estado ainda não registrou casos positivos da doença, mas a cobertura vacinal foi considerada baixa em 60% das cidades paranaenses. Chefe de Vigilância Epidemiológica da 14ª Regional de Saúde, Samira Silva explicou a importância da vacinação: “É a única forma de prevenção contra o sarampo”. Trata-se de uma doença altamente contagiosa.
Entre os sintomas mais comuns está o surgimento de manchas vermelhas pelo corpo. Mas a transmissão do vírus pode acontecer antes disso. A principal forma de propagação é através do contato com secreções, por exemplo, gotículas de saliva.
Além das manchas vermelhas, o sarampo pode provocar febre alta, mal-estar, irritação ocular, tosse e falta de apetite. Esses sintomas podem durar alguns dias após o aparecimento das manchas. Em casos mais graves, a doença pode levar o paciente à morte.
VACINAÇÃO – A campanha nacional que terá início no próximo mês é destinada às crianças, mesmo aquelas que já tenham sido imunizadas. Em síntese, a ideia é garantir que estejam protegidas contra a doença e, assim, não se tornem canais de transmissão para outras pessoas.
Mesmo assim, doses da vacina estão disponíveis para toda a população nas Unidades Básicas de Saúde e fazem parte da rotina de imunização. Quem tem até 29 anos de idade precisa receber duas doses. De 30 a 49 anos, uma dose. Pessoas com 50 anos ou mais só precisam ser vacinadas se forem viajar para lugares onde há casos da doença.
Em caso de dúvidas sobre a necessidade de ser imunizado, basta conferir a carteira de vacinação ou ir a um posto de saúde. De acordo com Samira Silva, na falta da carteira de vacinação ou na impossibilidade de resgatar o histórico do paciente, nova dose é aplicada, afinal, não há problema em ser vacinado mais uma vez.