Quase todo o rebanho da região foi vacinado
A vacinação do rebanho bovino contra a febre aftosa acaba amanhã (sexta-feira). Mas o ambiente é de tranquilidade, já que quase todo o rebanho previsto está vacinado na região Noroeste. Também não há problema de falta de doses de vacina no mercado.
Nesta fase devem ser vacinados todos os animais com até 24 meses de vida. A campanha iria inicialmente até 31 de maio, mas, foi prorrogada por causa da greve dos caminhoneiros, iniciada dia 21 de maio e que durou duas semanas, provocou a falta da vacina em algumas cidades.
Na semana passada, o supervisor regional da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Carlos Costa Junior, afirmou que o índice de vacinação nos municípios do Noroeste já era de 98%, o que leva ao entendimento de que será alcançado 100% da meta.
Na região são aproximadamente 472 mil cabeças de bovinos e bubalinos na faixa etária de até 24 meses, pouco mais da metade de todo o rebanho do Noroeste. No Estado são 4,2 milhões de cabeças com até dois anos.
Na próxima campanha, em novembro, todo o rebanho deve ser imunizado, independente da idade.
O Paraná continua o trabalho para se tornar área livre de aftosa sem vacinação. Atualmente mantém a condição, mas com campanhas de imunização duas vezes por ano.
Um dos itens fundamentais para chegar à nova condição é aperfeiçoar o sistema de barreiras sanitárias, já que o Paraná tem fronteiras com o Mato Grosso do Sul e Paraguai, áreas também referência em volume de rebanho bovino. Impor normas rigorosas ao trânsito entre regiões sem ou com vacinação é uma das formas de reduzir a possibilidade de contágio do rebanho por febre aftosa.
COMPROVAÇÃO – Para o produtor rural é importante ficar atento. Além de vacinar o gado, é preciso fazer a comprovação, possível pela internet ou nas unidades regionais de atendimento da Adapar.
Informações complementares podem ser obtidas em Paranavaí através do telefone 3423-2362. Sem a comprovação, o pecuarista fica sujeito a autuação e cobrança de multa, variando de acordo com o número de cabeças na propriedade.
A febre aftosa é causada por vírus e muito contagiosa no rebanho bovino. A incidência leva a perda de produtividade e do valor do produto final. O mercado internacional tem restrições quanto a carnes de regiões com detenção da febre aftosa, o que diminui o potencial econômico em caso de incidência da doença no rebanho.