Que diferenças separam quem lê de quem não lê?

Pegue um livro. Não precisa ser um romance de mil páginas escrito por um irlandês genial. Pode ser um livrinho de 120 páginas sobre um grupo de jovens arrancados de suas rotinas para lutar na Primeira Guerra Mundial.
Quando o escritor sabe lidar com as palavras e consegue colocar você dentro de uma situação ou da cabeça de um personagem – também é isso que faz um texto ser “complexo” – o cérebro vai acionar regiões responsáveis pela experiência vivida e isso é absolutamente incrível: significa que ler um livro bom sobre a Primeira Guerra pode fazer você experimentar o conflito de certa forma. Não como se estivesse enfiado as botas na lama europeia, mas algo relativamente próximo disso.
– Que diferenças separam quem lê de quem não lê?
– Entenda a leitura profunda e como a escrita pode diminuir o estresse e acalmar o cérebro
– O que a boa leitura faz com o seu cérebro?
Descobertas assim foram feitas nos últimos anos por uma série de pesquisas envolvendo neurociências, psicologia e linguística.
Nunca foram clicados por ninguém 59% de todos os links compartilhados em redes sociais. Isso significa que seis em dez pessoas compartilham textos que não leram.
Quando você lê algo desafiador, o cérebro avança sobre território virgem. Ele abre caminho a facão. Se o texto é capaz de fazer você sentir e pensar em coisas e de se envolver com personagens e situações, mais tarde, quando você se deparar com uma situação em que precisa acessar essas coisas em que pensou e que sentiu, ao escrever um texto, por exemplo, o seu cérebro vai saber por onde ir e vai levar você com ele.