Queda de avião russo na península do Sinai, no Egito, mata 224 pessoas
A aeronave, um Airbus A-321 operado pela companhia MetroJet, decolou da cidade egípcia de Sharm el-Sheikh, que fica próxima ao mar Vermelho, com destino a São Petersburgo, na Rússia.
O avião decolou às 5h51 no horário do Cairo (1h51 no de Brasília), sob boas condições climáticas, e sumiu dos radares após 23 minutos, quando voava a 9.400 metros de altura. Caiu numa área montanhosa da península do Sinai, ao sul da cidade de Alarixe.
A causa do acidente era desconhecida até o fim da manhã. De acordo com as autoridades do Egito, investigações iniciais apontam para falha técnica, e não há indícios de que o avião tenha sido abatido. A sua caixa-preta já foi localizada, segundo a agência Reuters.
Pouco antes da queda, de acordo com a rede americana de TV CNN, o piloto teria ligado para o controle de tráfego aéreo para informar que estava com problemas técnicos.
A Embaixada da Rússia no Cairo disse ter sido informada pelas autoridades egípcias de que o piloto tentou um pouso de emergência na cidade de El-Arish, nas proximidades do local do acidente.
"O avião se partiu em dois. Uma parte menor, na cauda, pegou fogo, e a maior colidiu com uma rocha. Retiramos ao menos cem corpos, e os outros ainda estão dentro", declarou à Reuters um integrante das equipes de resgate.
A região do Sinai é foco de atuação de militantes do grupo terrorista Estado Islâmico. Embora não haja evidências de envolvimento da facção na queda do avião, autoridades temem que sua presença dificulte as operações de busca.
Dos 217 passageiros a bordo, 214 eram russos e três eram ucranianos. Ao todo, viajavam no avião 138 mulheres, 62 homens e 17 crianças.
INVESTIGAÇÃO – Depois de ordenar que seus ministros ofereçam suporte às famílias das vítimas, o presidente russo, Vladimir Putin, determinou a formação de um grupo de investigação e anunciou que enviaria aeronaves para ajudar nos trabalhos de busca. Putin também decretou um dia de luto no país neste domingo (1º).
O acidente é um dos mais letais registrados nos últimos dez anos. Em julho de 2014, um voo da Malaysia Airlines que ia da Holanda à Malásia caiu na Ucrânia, matando as 298 pessoas a bordo. Serviços de inteligência de vários países acusaram separatistas ucranianos, apoiados pela Rússia, de derrubar o avião.
Em março do ano passado, outro voo da Malaysia Airlines, o MH370, que fazia a rota de Kuala Lumpur a Pequim, desapareceu com 239 pessoas a bordo. Seus vestígios não foram encontrados até hoje. (Da Folhapress)