Quem deve vencer a eleição

Rogério J. Lorenzetti*

O Brasil tem um dos maiores territórios entre as nações do mundo. Hoje, desde a Amazônia até o Rio Grande do Sul, milhões de brasileiros irão aos colégios eleitorais para, de forma soberana e igualitária, exercer sua opção de escolha para dirigir o país.

Tivemos uma campanha dura na qual foram discutidos, nem sempre de forma educada e respeitosa, os projetos, programas, história, características pessoais e outras informações sobre os candidatos e partidos.

As redes sociais tiveram, como nunca, uma participação importante nesta campanha. Porém algumas pessoas praticaram excessos que não contribuíram para uma análise isenta de propostas, por vezes descendo a nível insultuoso ou falso de avaliação pessoal.

Isto ocasionou uma verdadeira batalha de desinformação e tentativas de ridicularizar os candidatos. Amizades foram estremecidas, famílias se dividiram ocasionando, por vezes, sentimentos negativos os mais diversos, desde a decepção indo até a repulsa por parte de algumas pessoas.

A eleição termina hoje. Alguém vencerá, mas este tipo de atitude conseguiu dividir o país de forma muito perigosa. O resultado que acontecer deve ser respeitado por todos nós. A democracia é o governo da maioria, porém tem data marcada para novas escolhas. O importante é que ela sirva para melhorar as instituições e seja um sistema permanente.

Agora temos que desarmar os espíritos e buscar a reconciliação. Quantas nações no mundo têm guerras, frutos da intolerância, das divisões de pensamentos e valores cujo resultado é o derramamento de sangue e a dor de pessoas inocentes?

Aos perdedores restará fazer uma oposição construtiva, não radical, que possa ajudar a fiscalizar e construir caminhos para o desenvolvimento e a melhoria das condições de vida da população.

O radicalismo e o ódio não são vias adequadas para a construção de uma sociedade justa. Melhor aplicar valores cristãos de solidariedade e compreensão e fazer uma política de alto nível que corresponda aos anseios populares.

Espero que tenhamos, por parte do dirigente eleito, ações e atitudes que contribuam para uma participação popular mais intensa, com o respeito devido às instituições e ao sistema legal do país, que as redes sociais façam sua parte, assim como os demais eleitos, na aplicação e fiscalização dos programas e ações propostas nesta eleição.

O grande vencedor deve ser a Democracia, para a qual lutamos tanto e que deve continuar sendo sempre um sistema permanente de escolha de nossos dirigentes. Vamos às urnas, de forma consciente e soberana, exercer nosso direito de opção, respeitando aqueles que divergem de nós.

Viva o Brasil!