Redução do ronco dos motores na F-1 irrita fãs, organizadores e Ferrari
MELBOURNE, AUSTRÁLIA – "Sobem os giros dos motores. Não se escuta muito. Motor turbo não ronca tão alto".
A decepção de Galvão Bueno ao narrar a falta do tradicional barulho dos motores na largada do GP da Austrália não ficou restrita à TV.
O som da nova F-1, dos motores turbo V6, não agradou a todos na abertura do Mundial deste ano, vencida no domingo pelo alemão Nico Rosberg, da Mercedes, e fez os organizadores reclamarem de possível quebra de contrato.
Ron Walker, organizador da prova australiana, que está no calendário da categoria desde 1996, entrou em contato com Bernie Ecclestone, detentor dos direitos comerciais da F-1, para dizer que o público não ficou satisfeito com os carros menos barulhentos.
"Fiquei extremamente feliz com o final de semana inteiro, mas não fiquei tão feliz assim com o barulho", afirmou Walker. "Estamos tentando resolver isso com Bernie porque é claramente uma quebra de contrato. Falei com ele, e não é por isso que nós pagamos. Terão que mudar".
O GP da Austrália foi o primeiro contato da F-1 com os fãs após os testes da pré-temporada, na Espanha e no Bahrein. E foi também a estreia do novo regulamento técnico, que conta com várias modificações, a principal delas o novo motor, agora chamado de unidade de potência, por conta de sua complexidade, "ecologicamente correto" e menos barulhento.
Para Walker, o novo som da F-1, mais suave, pode refletir na diminuição das vendas para o próximo ano.
"Quando você tira a empolgação, você acaba tendo problemas para vender os ingressos depois. Há que se criar demanda e parte disso é fazer com que as pessoas gostem do ruído dos carros", disse.
O contrato atual de Melbourne com a F-1 vai até o ano que vem e a extensão ainda não foi negociada. Estima-se que o governo gaste cerca de US$ 45 milhões (cerca de R$ 106 milhões) por ano para receber a etapa da categoria.
Em entrevista à agência Reuters, Ecclestone disse que Walker "provavelmente" passou do ponto na reclamação, mas não descartou que esse pode ser um problema.
"Um ou dois promotores entraram em contato comigo e se mostraram insatisfeitos", afirmou o dirigente. "Conversei com o [presidente da Ferrari] Luca di Montezemolo agora pouco e ele me disse que nunca recebeu tantos e-mails de reclamações dizendo que isto não é a F-1".
A decepção de Galvão Bueno ao narrar a falta do tradicional barulho dos motores na largada do GP da Austrália não ficou restrita à TV.
O som da nova F-1, dos motores turbo V6, não agradou a todos na abertura do Mundial deste ano, vencida no domingo pelo alemão Nico Rosberg, da Mercedes, e fez os organizadores reclamarem de possível quebra de contrato.
Ron Walker, organizador da prova australiana, que está no calendário da categoria desde 1996, entrou em contato com Bernie Ecclestone, detentor dos direitos comerciais da F-1, para dizer que o público não ficou satisfeito com os carros menos barulhentos.
"Fiquei extremamente feliz com o final de semana inteiro, mas não fiquei tão feliz assim com o barulho", afirmou Walker. "Estamos tentando resolver isso com Bernie porque é claramente uma quebra de contrato. Falei com ele, e não é por isso que nós pagamos. Terão que mudar".
O GP da Austrália foi o primeiro contato da F-1 com os fãs após os testes da pré-temporada, na Espanha e no Bahrein. E foi também a estreia do novo regulamento técnico, que conta com várias modificações, a principal delas o novo motor, agora chamado de unidade de potência, por conta de sua complexidade, "ecologicamente correto" e menos barulhento.
Para Walker, o novo som da F-1, mais suave, pode refletir na diminuição das vendas para o próximo ano.
"Quando você tira a empolgação, você acaba tendo problemas para vender os ingressos depois. Há que se criar demanda e parte disso é fazer com que as pessoas gostem do ruído dos carros", disse.
O contrato atual de Melbourne com a F-1 vai até o ano que vem e a extensão ainda não foi negociada. Estima-se que o governo gaste cerca de US$ 45 milhões (cerca de R$ 106 milhões) por ano para receber a etapa da categoria.
Em entrevista à agência Reuters, Ecclestone disse que Walker "provavelmente" passou do ponto na reclamação, mas não descartou que esse pode ser um problema.
"Um ou dois promotores entraram em contato comigo e se mostraram insatisfeitos", afirmou o dirigente. "Conversei com o [presidente da Ferrari] Luca di Montezemolo agora pouco e ele me disse que nunca recebeu tantos e-mails de reclamações dizendo que isto não é a F-1".