Região Noroeste tem menor índice de mortalidade infantil do Paraná
De acordo com a classificação da Organização Mundial de Saúde (OMS), índices menores do que 10% são considerados baixos quando se trata de mortalidade infantil. Ao longo deste ano, o Noroeste do Paraná registrou 7,7% para cada 1.000 nascidos vivos, sendo o menor percentual do estado.
A avaliação da enfermeira Viviane Serra Melanda, que atua na Superintendência de Vigilância em Saúde, da Secretaria de Estado da Saúde, é que os resultados positivos se devem ao trabalho da equipe técnica de agilização e revisão de óbito da 14ª Regional de Saúde.
Chefe da Divisão de Informações Epidemiológicas, Viviane informou que a meta é garantir que todo o Paraná reduza os índices de mortalidade infantil e alcancem patamares próximos ao dos municípios do Noroeste. Na média geral, o estado contabiliza 10,9% para cada 1.000 nascimentos.
É preciso investir em três aspectos fundamentais para melhorar os índices: atenção à mulher durante a gestação, promoção à saúde da gestante e assistência adequada ao recém-nascido. Cumpre ao poder público promover o monitoramento e o acompanhamento dessa população.
A chefe da Divisão de Informações Epidemiológicas esteve ontem em Paranavaí e conversou com profissionais de saúde de toda a rede de proteção a mães e crianças. Médicos, enfermeiros, técnicos e agentes de epidemiologia de todo o Noroeste do Paraná participaram do evento.
Na ocasião, Viviane também apresentou números relativos à mortalidade materna. Disse que as principais causas de óbito entre 2010 e 2017 foram hemorragias, pré-eclâmpsia e eclâmpsia. No ano passado, a 14ª Regional de Saúde contabilizou dois óbitos. Em 2018 ainda não houve registro.
GESTORES – Entre as responsabilidades de prefeitos e secretários municipais de Saúde está a atualização constante das equipes de atenção primária, o que Viviane chamou de “educação permanente”. É necessário investir em inovações técnicas e tecnológicas para aprimorar o atendimento a gestantes e recém-nascidos.
Outro ponto destacado pela chefe da Divisão de Informações Epidemiológicas é evitar a rotatividade das equipes. É que a mudança constante de profissionais dificulta que conheçam a população e conheçam o histórico de saúde de cada paciente.