Regional de Saúde intensifica vigilância para febre amarela
A 14ª Regional de Paranavaí está fazendo circular nesta semana um alerta aos serviços de saúde dos municípios visando a intensificação da vigilância para a febre amarela. O ofício contém informações sobre a doença e a vacinação. Também cita as principais orientações, bem como os números atualizados para todo o país.
Para a população, dentre as orientações cruciais está ficar atento ao aparecimento de macacos mortos, ainda que já esteja apenas a ossada. É preciso informar os órgãos públicos de saúde para a investigação.
Importante também saber que os macacos não são vilões e nem transmissores, mas sim, vítimas da febre amarela, a exemplo do ser humano. Portanto, não devem ser perseguidos ou mortos.
Pelo contrário, o macaco é um aliado do homem, pois ao se infectar, serve de alerta para que a população tenha cuidados. Vale o reforço de que macacos não transmitem febre amarela para o ser humano.
A transmissão se dá por mosquitos infectados – o mais comum é o Aedes aegypti – transmissor também de dengue, febre chikungunya e zika vírus.
ATENÇÃO – Para os profissionais de saúde e a comunidade, uma atenção especial para os primeiros sintomas, visando a detecção precoce da doença. Dentre os quais: febre aguda (até sete dias) com início súbito e dor muscular, calafrios, dor de cabeça forte, náusea e vômito, acompanhados de icterícia (pele e secreções amareladas) e ou hemorragias.
Também é importante identificar a área de risco (a região Noroeste faz parte de tal área). Por fim, saber se a pessoa foi vacinada, pois, em caso positivo, estará protegida. Basta uma dose para toda a vida.
A vacina está disponível na rede pública de saúde e faz parte do calendário de rotina. É recomendada para crianças a partir dos nove meses de vida e adultos com até 59 anos. Acima de 60 anos a pessoa deve passar por avaliação médica. Mulheres que amamentam (primeiros nove meses) e pessoas alérgicas a ovo não devem tomar a vacina. Quem vai para regiões de risco deve ser imunizado com dez dias de antecedência, prazo para que comece a fazer o efeito desejado.
O alerta, em formato de ofício circular, datado de 17 de janeiro, é assinado pelo diretor da 14ª Regional de Saúde, Nivaldo Mazzin; Walter Sordi Júnior, chefe da Divisão de Vigilância em Saúde; e Samira Silva, chefe da Seção de Vigilância Epidemiológica. A correspondência contém ainda outras informações técnicas, voltadas para profissionais de saúde.
CASOS – O Brasil vive de dezembro a maio, o período sazonal da febre amarela. Dados de 16 de janeiro, divulgados pelo Ministério da Saúde, apontam 470 casos notificados de febre amarela silvestre no país. Desses, 35 foram confirmados, sendo que 20 evoluíram para óbito, 145 permanecem em investigação e 290 casos foram descartados.
Notificados ainda ao Ministério da Saúde 2.296 epizootias (casos de doença em macacos), sendo que 358 foram confirmados, 687 estão em investigação, 790 indeterminados e 461 descartados.
No Estado do Paraná não há casos confirmados autóctones (de origem interna, isto é, sem relação com pessoas que viajaram) desde 2008.