Regional de Saúde treina profissionais para teste rápido de HIV e Sífilis
O treinamento acontece no auditório da 14ª Regional de Saúde em Paranavaí. O trabalho prepara para a Mobilização Nacional de Prevenção e Testagem de Sífilis, HIV e Hepatites Virais, que acontece em todo o Brasil de 22 de novembro a 1° de dezembro. Posteriormente, o serviço será incorporado à rotina das unidades básicas de saúde – postos.
Nesta etapa estão recebendo o treinamento os enfermeiros de 20 cidades da região. Na próxima etapa, em março de 2013, os demais passarão por igual curso. A partir daí, a cobertura com testes rápidos nos postos chegará a 100%, detalha Maria da Penha Francisco, coordenadora regional dos programas de controle de DST/AIDS. Hoje o serviço já funciona em Paranavaí, Loanda e Terra Rica.
As políticas voltadas para as hepatites virais permanecem no CTA – Centro de Testagem e Aconselhamento.
Os Multiplicadores desta capacitação foram treinados pelo Departamento Nacional de DST/Aids e Hepatites Virais. No âmbito da Regional são eles: Maria da Penha Francisco, Marielza Sestário, Nilsa Vicentim, Jader Kowaski e Kate Lourenço.
Agora, retransmite aos profissionais as orientações sobre acolhimento de aconselhamento em DST/Aids, além da prática de punção digital. Verônica Moraes Francisquini Gardin – Diretora da Regional de Saúde – entende que haverá uma melhora significativa em elação à testagem para os agravos em questão nas Gestantes. Desta forma, mais uma etapa da Implantação do “Rede Mãe Paranaense” vai se consolidando na área da 14ª Regional de Saúde, enumera.
Para Andréia Martins de Souza, chefe de Seção de Atenção Primária em Saúde (APS) da Regional, a partir do curso, os profissionais estarão em condições de fazer diagnóstico precoce dos agravos e assim iniciar os protocolos de tratamento, além de estabelecer as linhas de cuidados necessários para cada caso. Com isso haverá mais chance de impedir a transmissão vertical (da Mãe para o Bebe) do HIV, Sífilis e Hepatite.
Na opinião Walter Antonio de Sordi Junior chefe da Divisão de Vigilância em Saúde, trata-se de um avanço. Ao alcançar uma melhora na oferta com a facilidade do acesso aos exames, há maior possibilidade de detecção de casos novos dos agravos.
A chefe da Seção de Vigilância Epidemiológica, Fernanda Sayuri, analisa que será possível acompanhar os indicadores de casos de Gestante HIV e Sífilis com mais confiança, pois a partir do diagnóstico a atenção primária deverá informar a Vigilância Epidemiológica Municipal para proceder a notificação do caso. Pois, com as informações em tempo oportuno, o processo de planejamento das ações de promoção, prevenção e tratamento estará mais fundamentado.
Os Multiplicadores desta capacitação foram treinados pelo Departamento Nacional de DST/Aids e Hepatites Virais. No âmbito da Regional são eles: Maria da Penha Francisco, Marielza Sestário, Nilsa Vicentim, Jader Kowaski e Kate Lourenço.
PÚBLICO ALVO – A campanha (de 22 de novembro a 1º de dezembro) tem como alvo toda população maior de 12 anos de idade, que tenha vida sexualmente ativa e/ou que tenha passado por alguma situação de risco e queira fazer o teste. Todos os municípios estarão desenvolvendo a campanha, onde não tem teste rápido implantado, estes poderão ser encaminhados para os municípios que ficaram para referência.
Na área da 14ª, foram notificados 377
casos de AIDS desde o início da epidemia
Na área da 14ª Regional de Saúde foram notificados 377 casos de AIDS desde o início da epidemia (década 1980). Destes, 37% são em mulheres e 63% homens. Porém, ao analisar os dados de acordo com a faixa etária, há uma inversão relata a Regional de Saúde. Na faixa etária de 15 a 19 anos o maior número de casos está em mulheres. No geral, o HIV é mais comum na faixa etária dos 20 a 49 anos.
Apesar deste esforço para o teste rápido, ainda observa-se que o diagnóstico é tardio. Na campanha de 2008, 52% dos casos que foram diagnosticados com HIV, já eram casos de AIDS, ou seja, as pessoas já estavam doentes, destaca a Regional. Hoje a realidade é semelhante. “Ainda não estamos fazendo diagnóstico precoce, e isso precisa mudar”, lamenta Verônica Francisquini.
O Governo Federal tem pressa em diagnosticar as cerca de 250 mil pessoas que vivem com HIV no Brasil e não sabem. Por isso, o Ministério da Saúde tem investido na ampliação do acesso à testagem.
De 2005 (quando o teste rápido foi implementado no país) a 2011, houve aumento de 340% no número de testes ofertados (de 528 mil para 2,3 milhões). De janeiro a setembro deste ano, 2.127.790 unidades do exame já foram distribuídas. A expectativa é fechar 2012 com a remessa de cerca de 2,9 milhões, apenas para detecção do HIV.
Com a mesma confiabilidade do tradicional, o teste rápido é 100% nacional desde 2008, produzido pela Biomanguinhos/Fiocruz e pela Universidade Federal do Espírito Santo. Nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTAs), a entrega do resultado é sigilosa e se o resultado final der positivo, a pessoa em atendimento é encaminhada para tratamento nos serviços de referência.
Municípios que estarão executando os testes rápidos
Os municípios que estarão executando os testes rápidos a partir dessa etapa são: Amaporã, Cruzeiro do Sul, Diamante do Norte, Guairaçá, Inajá, Itaúna do Sul, Loanda, Marilena, Mirador, Nova Londrina, Paraíso do Norte, Paranavaí, Planaltina do Paraná, Porto Rico, Querência do Norte, Santa Cruz de Monte Castelo, Santa Isabel do Ivaí, Santo Antonio do Caiuá, São Carlos do Ivaí, Tamboara e Terra Rica.
Os municípios de Alto Paraná e Nova Aliança poderão encaminhar as pessoas que quiserem fazer os testes para Paranavaí. O município de São Pedro do Paraná poderá fazer o teste em Porto Rico. Os municípios de Jardim Olinda e Paranapoema devem encaminhar para Inajá ou Cruzeiro do Sul. O município de São João do Caiuá deverá encaminhar para Santo Antônio do Caiuá. E Santa Mônica será atendida através de Santa Cruz de Monte Castelo.