Regional mobiliza contra a Tuberculose
A Tuberculose é uma doença perigosa, se espalha com mais facilidade no inverno e pode até matar. Por esse fator, e visando recomendação do Ministério da Saúde na busca pelos pacientes, a 14ª Regional de Saúde de Paranavaí promoveu ontem uma reunião técnica com os enfermeiros da Atenção Primária e Vigilância Epidemiológica. Participaram representantes das 28 cidades.
A médica Lara Gral reforça a importância das equipes da Estratégia Saúde da Família na abordagem aos pacientes. É preciso investigar, por exemplo, se há na família visitada alguém com tosse por mais de três semanas. Nestes casos deve haver encaminhamento para o exame. Aliás, esta orientação vale para todos, sempre que perceber uma tosse persistente.
Os cuidados devem ser ainda maiores no caso de pessoas com HIV/AIDS, Diabetes, usuários de drogas, gestantes e idosos, entre outros que compõem o chamado grupo de imunossuprimidos, ou seja, pessoas com baixa resistência.
PREVENÇÃO – Para reduzir o risco de transmissão, a médica recomenda manter os ambientes ventilados, evitando aglomerações, características comuns do inverno.
A estação, por sinal, é um componente facilitador da transmissão pois as gotículas com bacilo (Bacilo de Koch) permanecem mais tempo no ambiente. Ambientes mais preocupantes são asilos, creches, presídios e outros ambientes de convívio de muitas pessoas.
Outro fator importante é a higienização das mãos. Quando não for possível lavar com água e sabão, a pessoa pode utilizar álcool.
Os cuidados devem ser redobrados quando a pessoa estiver com tosse. Ao tossir, é necessário usar um lenço e descartá-lo. Na impossibilidade, usar a manga da blusa.
Essas dicas dificultam que a pessoa transmita a Tuberculose e outras síndromes respiratórias. Também a médica Lara Gral lembra que a pessoa com a doença deve evitar contatos diretos, seja na família ou no trabalho.
O EVENTO – O evento de ontem na sede da 14ª Regional fez parte do Programa de Controle de Tuberculose. Teve como um dos objetivos a aproximação das estruturas públicas de saúde com as metas do Plano Nacional, estimulando nos profissionais a busca de como trabalhar para efetivamente localizar e tratar o paciente.
Como antecipou ao Diário do Noroeste ontem a integrante do programa de Controle, Maria da Penha Francisco, a região diagnosticou apenas 11 casos nos primeiros seis meses, bem abaixo das estimativas do ministério da Saúde, entre 200 e 220 casos. Nos anos anteriores também foi baixo o número de pacientes, sendo 34 em 2015 e 30 em 2016.
O percentual de cura da região está em 82%, índice próximo ao recomendado pelo Ministério, de 84%.
No Brasil são 69 mil casos novos e 4.500 óbitos a cada ano, tendo como causa básica a tuberculose. O Plano Nacional tem como objetivo, acabar com a Tuberculose como problema de saúde pública no Brasil, atingindo a meta de menos de 10 casos por 100 mil habitantes, até o ano de 2035.