Registros de casos de dengue diminuem, mas risco de epidemia ainda existe

Aparentemente, a pulverização de veneno em diferentes bairros de Paranavaí já está surtindo efeito positivo no combate ao mosquito que transmite a dengue. O diretor da Vigilância em Saúde, Randal Fadel Filho, disse que ainda é cedo para fazer análises definitivas da situação, mas destacou que as notificações de casos suspeitos da doença passaram de 40 por dia para 20.
Mesmo assim, a quantidade de pessoas que apresentam sintomas da doença preocupa. Até a manhã de ontem tinham sido feitas 605 notificações. Desse total, 157 casos foram confirmados, 298 descartados e 150 ainda não tiveram os exames laboratoriais concluídos.
Os números são altos, por isso, é preciso frear o avanço da dengue na cidade. Fadel Filho explicou que se o combate à doença não for eficiente durante esta temporada de temperaturas mais baixas, a partir de setembro Paranavaí enfrentará uma nova epidemia, com proporções parecidas ou ainda maiores do que a de 2013, quando mais de 10.000 pessoas contraíram dengue.
O diretor da Vigilância em Saúde informou que as vistorias nas residências continuam sendo feitas diariamente e ainda encontram focos de larvas do Aedes aegypti. A boa notícia é que são menos do que há duas semanas: antes eram 25 criadouros do mosquito por dia, agora, 10. Não significa que o problema esteja resolvido.
É preciso manter o hábito de verificar quintais, não jogar lixo na rua ou em terrenos vazios e não varrer folhas para as bocas de lobo. Só nesta semana, foram encontrados três focos de larvas em galerias pluviais no Jardim Santos Dumont, por causa de folhas que não permitem a passagem da água. O acúmulo garante condições para a procriação do Aedes aegypti.