Relator-geral, Ricardo Barros, diz que Congresso não maquiará o Orçamento

BRASÍLIA – O deputado federal e relator-geral do Orçamento para 2016, Ricardo Barros (PP-PR), acompanhou ontem a entrega do Orçamento de 2016 feita pelos ministros do Planejamento, Nelson Barbosa, e da Fazenda, Joaquim Levy ao presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL).
“A previsão de déficit é de R$ 30,5 bilhões, isso representa 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB)”, alertou Barros.
De acordo com o parlamentar, o Orçamento será discutido agora no Congresso com a participação da sociedade. O objetivo é tentar equilibrar as contas até o final do ano quando o documento final for a votação.
Na avaliação de Barros, a solução passa por aumentar receita ou cortar despesas. “Vamos analisar com mais profundidade a peça orçamentária, discutir com a sociedade e ver se podemos votar até dezembro um orçamento que tenha um equilíbrio e represente uma peça sem o déficit”.
DÉFICIT – Questionado sobre alternativas para resolver o problema, o relator lembrou que é a primeira vez que o Congresso recebe um Orçamento com déficit e que o assunto deve seguir para um debate bem democrático.
“Manter o orçamento com déficit não é bom para o Brasil, não é bom sinal para os mercados e pode acabar onerando mais a iniciativa privada e a economia do país do que um eventual da carga tributária. É uma ampla discussão que vamos enfrentar com transparência e a participação de todos”, ressaltou.