Relatório aponta indício de compra de votos para Japão sediar Jogos de 2020
A comissão independente instituída pela Wada (Agência Mundial Antidoping) apontou, em relatório, indícios de que Tóquio pode ter comprado votos para sediar os Jogos Olímpicos de 2020.
De acordo com o documento, a Turquia, que estava na disputa para sediar o evento, perdeu o apoio de Lamine Diack, ex-presidente da IAAF (Associação Internacional das Federações de Atletismo), que faz parte do COI (Comitê Olímpico Internacional), por não ter pago de US$ 4 milhões a US$ 5 milhões em forma de patrocínio.
Segundo o relatório da Wada, "os japoneses fizeram o pagamento de tal soma. E os Jogos de 2020 foram dados para Tóquio".
Uma porta-voz da Olimpíada de 2020 disse à agência de notícias Associated Press que a informação contida no documento "está além da nossa compreensão".
"Os Jogos foram atribuídos a Tóquio porque a cidade apresentou a melhor proposta. A candidatura de Tóquio foi sobre o compromisso do Japão em tratar das questões em torno da integridade do esporte", afirmou.
Em votação realizada em Buenos Aires, na Argentina, em 2013, a cidade japonesa foi eleita a sede da Olimpíada de 2020 ao vencer Istambul por 60 votos a 36 na final.
Na primeira rodada de votação, Tóquio obteve 42 votos. Madri e Istambul tiveram 26 cada. Com isso, uma nova votação foi feita e a cidade turca venceu a espanhola por 49 a 45.
Ainda no relatório divulgado na quinta, a Wada apontou extorsão no atletismo e até citou o nome do presidente da Rússia, Vladimir Putin.