Renda real do produtor rural paranaense dobrou em 15 anos
A renda média da agricultura paranaense dobrou nos últimos 15 anos. O Valor Bruto da Produção (VBP) Agropecuária, que mede o faturamento da porteira para dentro, aumentou 96% em termos reais (já descontada a inflação) entre 1999 e 2014, para R$ 68,1 bilhões.
As informações são da Agência de Notícias do Parná (ANPr).
No período, a microrregião de Wenceslau Braz, no Norte Pioneiro, foi a que mais cresceu, com avanço de 162%, para R$ 1,8 bilhão. A microrregião de Irati, no Sudeste, ficou em segundo lugar, com crescimento de 152%, Apucarana (Norte) vem em seguida, com 146%.
Os dados fazem parte de um levantamento inédito realizado pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento. Foram comparados os desempenhos de receita agropecuária das 39 microrregiões paranaenses (de acordo com a classificação do IBGE).
A pesquisa utilizou as médias registradas entre 1997 e 1999 e 2012 e 2014. Os dados já descontam a inflação no período e utilizam a média para evitar distorções provocadas por eventuais efeitos de adversidades climáticas.
Embora a microrregião de Toledo, no oeste do Estado, seja a campeã do VBP em termos absolutos, com R$ 7,3 bilhões, a agropecuária cresce acima da média em várias regiões. Das 39 microrregiões, em 22 delas os produtores tiveram crescimento real da renda acima da média do Estado.
MAIOR POTENCIAL – As regiões que têm maior potencial de crescimento são as menores, e isto é exatamente o que acontece na região de Wenceslau Braz. A microrregião abrange, além da cidade de mesmo nome, os municípios de Carlópolis, Guapirama, Joaquim Távora, Quatiguá, Salto do Itararé, Santana do Itararé, São José da Boa Vista, Siqueira Campos e Tomazina.
O crescimento é puxado pela avicultura e pela substituição de áreas erradicadas de café por culturas como soja, milho e trigo. “Embora tenha erradicado várias áreas, a cafeicultura também segue forte nessa região”, diz. Do VBP da microrregião, o frango responde por 21%, a bovinocultura, 20% e a soja 8%. O café, que já foi a principal atividade no passado, hoje representa 4%.
TECNOLOGIA/PECUÁRIA – O avanço tecnológico incorporado pelos pecuaristas, que por meio de confinamentos alavancaram a produção de carne bovina, produção de silagens e animais para recria, é um dos principais fatores de crescimento da região, de acordo com o engenheiro agrônomo Carlos Hugo Wincler Godinho.
Para Marcelo Gomes, economista do Deral e também responsável pela pesquisa, o levantamento mostra que a renda cresce naturalmente em áreas onde ainda há espaço para expansão. “Em Wencelau Braz, por exemplo, há tendência de crescimento nas áreas de leite, soja e avicultura”, diz.
De acordo com ele, em Irati os destaques do VPB foram soja e leite; em Apucarana, a combinação de produção de hortaliças e o abate de aves. A avicultura também puxou a renda em Prudentópolis, assim como a produção de leite, que também estimulou, junto com o feijão, a renda dos agricultores de Pato Branco.
As informações são da Agência de Notícias do Parná (ANPr).
No período, a microrregião de Wenceslau Braz, no Norte Pioneiro, foi a que mais cresceu, com avanço de 162%, para R$ 1,8 bilhão. A microrregião de Irati, no Sudeste, ficou em segundo lugar, com crescimento de 152%, Apucarana (Norte) vem em seguida, com 146%.
Os dados fazem parte de um levantamento inédito realizado pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento. Foram comparados os desempenhos de receita agropecuária das 39 microrregiões paranaenses (de acordo com a classificação do IBGE).
A pesquisa utilizou as médias registradas entre 1997 e 1999 e 2012 e 2014. Os dados já descontam a inflação no período e utilizam a média para evitar distorções provocadas por eventuais efeitos de adversidades climáticas.
Embora a microrregião de Toledo, no oeste do Estado, seja a campeã do VBP em termos absolutos, com R$ 7,3 bilhões, a agropecuária cresce acima da média em várias regiões. Das 39 microrregiões, em 22 delas os produtores tiveram crescimento real da renda acima da média do Estado.
MAIOR POTENCIAL – As regiões que têm maior potencial de crescimento são as menores, e isto é exatamente o que acontece na região de Wenceslau Braz. A microrregião abrange, além da cidade de mesmo nome, os municípios de Carlópolis, Guapirama, Joaquim Távora, Quatiguá, Salto do Itararé, Santana do Itararé, São José da Boa Vista, Siqueira Campos e Tomazina.
O crescimento é puxado pela avicultura e pela substituição de áreas erradicadas de café por culturas como soja, milho e trigo. “Embora tenha erradicado várias áreas, a cafeicultura também segue forte nessa região”, diz. Do VBP da microrregião, o frango responde por 21%, a bovinocultura, 20% e a soja 8%. O café, que já foi a principal atividade no passado, hoje representa 4%.
TECNOLOGIA/PECUÁRIA – O avanço tecnológico incorporado pelos pecuaristas, que por meio de confinamentos alavancaram a produção de carne bovina, produção de silagens e animais para recria, é um dos principais fatores de crescimento da região, de acordo com o engenheiro agrônomo Carlos Hugo Wincler Godinho.
Para Marcelo Gomes, economista do Deral e também responsável pela pesquisa, o levantamento mostra que a renda cresce naturalmente em áreas onde ainda há espaço para expansão. “Em Wencelau Braz, por exemplo, há tendência de crescimento nas áreas de leite, soja e avicultura”, diz.
De acordo com ele, em Irati os destaques do VPB foram soja e leite; em Apucarana, a combinação de produção de hortaliças e o abate de aves. A avicultura também puxou a renda em Prudentópolis, assim como a produção de leite, que também estimulou, junto com o feijão, a renda dos agricultores de Pato Branco.
Diversificação de culturas
As áreas de maior avanço têm em comum a diversificação de culturas. Embora não seja um fator determinante de bom desempenho, a variedade de atividade agropecuária ajuda a reduzir a probabilidade de prejuízos.
“É uma forma de diluir o risco. Quem aposta em uma única atividade pode ir ao céu e ao inferno”, diz o engenheiro agrônomo Carlos Hugo Wincler Godinho. Foi o que aconteceu com a microrregião de Porecatu, na região Norte, que manteve suas apostas na produção de cana e foi a que teve menor crescimento no período nos últimos 15 anos, com avanço médio real de 34% no período analisado pelo Deral.