Representantes do G-8 visitam frigoríficos de abate de suíno
Dando continuidade aos trabalhos de levantamento de informações sobre a possibilidade de implantar a suinocultura como uma nova alternativa econômica para a região da Amunpar (Associação dos Municípios do Noroeste Paranaense), representantes do G-8 estiveram esta semana em Floraí, onde foram conhecer um frigorífico de suínos. Situado na rodovia entre Presidente Castelo Branco e Paraíso do Norte, o Frigorífico é considerado de pequeno porte e, além de suínos, abate bovinos e ovinos.
O G-8 reúne entidades não governamentais que atuam no fomento ao desenvolvimento econômico de Paranavaí e região. Desde o ano passado, em parceria com a Unifatecie, o grupo vem coletando informações sobre a viabilidade econômica e técnica da atividade na região. Professores da Fatecie fizeram um estudo que apontou a viabilidade técnica da suinocultura nos municípios da Amunpar.
O estudo mostrou duas formas para implantar a atividade: através de cooperativa ou na forma de integração à uma empresa, que se encarregaria do abate e comercialização e forneceria, por exemplo, os leitões e medicamentos. O G-8 está conhecendo os dois sistemas para depois apresentar a potenciais suinocultores e investidores.
A produção de forma independente exige altos investimentos e o payback (o período de recuperação do investimento) é longo. O G-8 não descarta a possibilidade de adotar um sistema híbrido.
FRIGORÍFICO – Segundo Norival Baldin, do Frigorífico Floraí, o abatedouro existe desde 1998 e está autorizadoa abater diariamente 108 bois e 210 porcos. A média de abate hoje está entre 3.500 e 4.000 suínos/mês. A empresa atua como terceirizada (não compra animais para abater e vender a carne) e gera entre 25 e 30 empregos.
Baldin disse que os principais clientes que usam o frigorífico são de Mamborê, Palotina, Marechal Cândido Rondon e Pato Branco.
Para o professor Marivaldo da Silva Oliveira, coordenador do curso de Medicina Veterinária da Unifatecie, o frigorífico tem as condições necessárias para, por exemplo, fazer o abate da produção regional até que ela atinja uma proporção que exija uma escala maior. Citou também que ele pode servir de modelo para um eventual futuro abatedouro na região da Amunpar.
Esta possibilidade não se descarta, pois os estudos apontam que a região tem condições para fazer a cadeia produtiva completa da suinocultura: produção de leitões, engorda, produção de carnee embutidos (aproveitando as matrizes que vão para o descarte) e a utilização dos dejetos para a produção de energia e/ou adubo.
Para o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Paranavaí (ACIAP), Maurício Gehlen, coordenador do G-8, a visita ao frigorífico ampliou a visão sobre a suinocultura. “Vamos continuar o trabalho de pesquisa e depois apresentar as informações aos produtores e investidores. Quanto mais diversificada for a nossa região, mais forte economicamente ela ficará e terá alternativas quando houver crise num setor”, disse ele.