Retrato falado não é prova irrefutável de autoria de crime, explica especialista
O linchamento de uma mulher no Guarujá (SP), esta semana, devido sua semelhança com retrato falado de suposta sequestradora de crianças, colocou em alerta policiais que trabalham com este recurso.
Investigador da Polícia Civil do Paraná especializado na elaboração de retratos falados há 30 anos, Marcelo Coutinho, disse que ficou estarrecido com o caso no Guarujá e que nunca tinha ouvido falar em nada parecido.
Segundo ele, é preciso alertar a população de que a semelhança de alguém com um retrato falado é apenas o começo da investigação, “jamais uma prova irrefutável da autoria de um crime”.
Ele destacou que a partir da denúncia de alguém que se parece com um retrato falado, cabe a polícia conduzir a pessoa até a delegacia para que a vítima ou a testemunha faça o reconhecimento. Segundo o investigador, normalmente são colocados outros indivíduos com características semelhantes para que a pessoa visualize e identifique o verdadeiro autor.
“Mesmo com o reconhecimento, ainda assim não está totalmente provada a autoria, porque a pessoa pode se enganar”, afirmou Coutinho. Pode ser que o suspeito tenha álibis comprovando total desvinculação com o crime e que se trata de mera coincidência”, completou.
Marcelo Coutinho foi o palestrante de um evento organizado pelo Sindicato das Seguradoras do Paraná e Mato Grosso do Sul (Sindseg PR/MS) realizado na última terça-feira (06/05) na sede do sindicato, em Curitiba.
O evento teve como objetivo esclarecer qual o comportamento adequado de vítimas de crimes para posteriormente poder colaborar nas investigações com a elaboração do retrato falado. “Nunca encarar o bandido”, orientou o policial. “O correto é observar discretamente a característica principal do rosto da pessoa, normalmente os olhos, e a partir daí, tentar guardar os outros traços”, completou.
COMO É FEITO – O retrato falado é utilizado pela polícia há mais de um século e ao longo da história contribuiu para a elucidação de inúmeros crimes.
Como num quebra cabeças, o policial monta a imagem do rosto do criminoso com base em relatos da vítima ou testemunha. É utilizado um banco de imagens de diferentes tipos de olhos, nariz, boca, orelha e cabelo e depois é feito o aperfeiçoamento do desenho no computador, ou manualmente.
Filho e irmão de policiais especializados em retrato falado, Marcelo Coutinho, ainda prefere a técnica manual até porque, segundo ele, o resultado é um desenho, e não uma espécie de foto, como no processo digital. “No desenho fica claro que é uma tentativa de representação do rosto de uma pessoa, e não necessariamente a imagem de uma pessoa”, finalizou.
Investigador da Polícia Civil do Paraná especializado na elaboração de retratos falados há 30 anos, Marcelo Coutinho, disse que ficou estarrecido com o caso no Guarujá e que nunca tinha ouvido falar em nada parecido.
Segundo ele, é preciso alertar a população de que a semelhança de alguém com um retrato falado é apenas o começo da investigação, “jamais uma prova irrefutável da autoria de um crime”.
Ele destacou que a partir da denúncia de alguém que se parece com um retrato falado, cabe a polícia conduzir a pessoa até a delegacia para que a vítima ou a testemunha faça o reconhecimento. Segundo o investigador, normalmente são colocados outros indivíduos com características semelhantes para que a pessoa visualize e identifique o verdadeiro autor.
“Mesmo com o reconhecimento, ainda assim não está totalmente provada a autoria, porque a pessoa pode se enganar”, afirmou Coutinho. Pode ser que o suspeito tenha álibis comprovando total desvinculação com o crime e que se trata de mera coincidência”, completou.
Marcelo Coutinho foi o palestrante de um evento organizado pelo Sindicato das Seguradoras do Paraná e Mato Grosso do Sul (Sindseg PR/MS) realizado na última terça-feira (06/05) na sede do sindicato, em Curitiba.
O evento teve como objetivo esclarecer qual o comportamento adequado de vítimas de crimes para posteriormente poder colaborar nas investigações com a elaboração do retrato falado. “Nunca encarar o bandido”, orientou o policial. “O correto é observar discretamente a característica principal do rosto da pessoa, normalmente os olhos, e a partir daí, tentar guardar os outros traços”, completou.
COMO É FEITO – O retrato falado é utilizado pela polícia há mais de um século e ao longo da história contribuiu para a elucidação de inúmeros crimes.
Como num quebra cabeças, o policial monta a imagem do rosto do criminoso com base em relatos da vítima ou testemunha. É utilizado um banco de imagens de diferentes tipos de olhos, nariz, boca, orelha e cabelo e depois é feito o aperfeiçoamento do desenho no computador, ou manualmente.
Filho e irmão de policiais especializados em retrato falado, Marcelo Coutinho, ainda prefere a técnica manual até porque, segundo ele, o resultado é um desenho, e não uma espécie de foto, como no processo digital. “No desenho fica claro que é uma tentativa de representação do rosto de uma pessoa, e não necessariamente a imagem de uma pessoa”, finalizou.