Revendedores de gás fazem avaliação negativa de aumento da Petrobras
Integrantes do Núcleo Setorial de Revendedores de Gás de Paranavaí se reuniram na tarde de ontem. Entre os assuntos que debateram durante o encontro, o reajuste de 9,8% repassado pela Petrobras sobre o botijão de 13 quilos.
Valter Rodrigues dos Santos avaliou: “Não foi bom. Não temos como repassar todo o aumento, porque onera o consumidor”. De acordo com ele, a decisão não era esperada, já que o reajuste anual é previsto para setembro, quando ocorre o dissídio da categoria.
A alta no valor do gás de cozinha é resultado da retirada de subsídios do Governo Federal. E foi aplicada no momento em que o Governo Estadual também sinalizou com a possibilidade de promover reajuste fiscal que pode recair sobre o produto.
Diretor do Sindicato das Empresas de Atacado e Varejo de Gás Liquefeito de Petróleo (Sinegás), Claudenir Aparecido Pereira destacou que além dos valores repassados pelas distribuidoras aos revendedores, há custos operacionais que precisam ser mantidos.
Ele citou os equipamentos de segurança para armazenamento e transporte dos botijões de gás, as taxas de impostos e os encargos trabalhistas, inclusive com o adicional de periculosidade exigido por lei para os funcionários que manuseiam os produtos. Significa que outros valores incidem sobre o preço final.
CONCORRÊNCIA – Durante a reunião de ontem, os integrantes do núcleo setorial conversaram sobre a concorrência desleal imposta por revendedores clandestinos de gás de cozinha. Sem os custos operacionais que a empresa legalizada tem, o produto fica mais barato.
Outra desvantagem está no vale-gás vendido por supermercados. Nesses estabelecimentos, os preços são menores, porque não é preciso arcar com as despesas que o revendedor tem, o que interfere nas vendas de quem atua diretamente no ramo. Também não têm gastos com a logística de entrega.