Revoada de saúva pode comprometer qualidade das lavouras da região

De setembro a novembro ocorrem as revoadas de saúvas, parte do ritual de acasalamento. Nesse período, as formigas saem dos ninhos e se espalham. Durante o processo, destroem plantações. A preferência é pelas gramíneas, mas podem atacar qualquer tipo de lavoura.
Engenheiro agrônomo da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Paulo Sérgio Bulguerolli explicou que a saúva não é nativa das terras paranaenses. Entrou no estado pelo Extremo-Noroeste e se espalhou por diferentes regiões.
Pensando nos riscos que as formigas oferecem para a agricultura, a equipe da Adapar fiscaliza propriedades rurais, com o objetivo de identificar ninhos e cobrar ações de combate dos produtores. Situações mais graves resultam em notificações.
Quando é notificado, o agricultor tem até 20 dias para encaminhar um plano de manejo e controle das formigas, inclusive apontando o tempo que levará para isso. Não cumprindo a exigência, ficará sujeito a autuação e poderá responder processo administrativo junto a Adapar.
Bulguerolli afirmou que a presença de saúvas é resultado do descuido do proprietário. “Quando surgem pequenos focos, é necessário fazer o combate”. A maneira mais eficiente é utilizar iscas formicidas, mas a aplicação requer orientações de profissionais especializados.
O engenheiro agrônomo disse que é possível fazer denúncias. Sempre que alguém identificar ninhos de formigas em propriedades rurais, deve ligar para a equipe da Adapar e repassar a informação. O telefone para contato é (44) 3421-1450. Vale destacar que no perímetro urbano, a fiscalização é responsabilidade da Administração Municipal.