Rodovia do Agronegócio vai ser debatida no âmbito do Codesul
O projeto de duplicação da BR-376 entre Paranavaí (PR) e Taquarussu (MS) vai ser debatido no âmbito do Conselho de Desenvolvimento e Integração da Região Sul. O assunto será levado pelos governadores Beto Richa (Paraná) e Reinaldo Azambuja (Mato Grosso do Sul).
A informação é do diretor do Sindicato Rural de Paranavaí, Demerval Silvestre, um dos coordenadores da sociedade civil organizada que nesta segunda-feira, junto com outras lideranças regionais, apresentou o projeto ao governador Beto Richa. O trecho que se deseja duplicar já vem sendo chamado de Rodovia do Agronegócio.
Silvestre disse que na apresentação ao governador Azambuja, ele sugeriu a discussão na Codesul e pediu que na audiência com o governador do Paraná fosse levantada esta hipótese. Richa concordou com a proposta.
O diretor do Sindicato Rural pediu ainda, na audiência de segunda-feira, que uma das próximas reuniões dos governadores do Codesul seja em Paranavaí ou Maringá (que também será beneficiada por conta do Porto Seco) para tratar do assunto. Beto Richa também ficou de levar esta proposta aos seus colegas e colocar esta duplicação na pauta dos trabalhos.
TRABALHO CONJUNTO – Silvestre saiu animado da apresentação feita de manhã ao governador Beto Richa e à tarde na Assembleia Legislativa aos deputados estaduais. “O governador Beto Richa assumiu de forma vigorosa o compromisso de trabalhar de forma vigorosa neste projeto em conjunto com o Governo do Mato Grosso do Sul”, comemorou.
Segundo Demerval Silvestre, “é longa” a luta para que a duplicação da BR-376 entre Paranavaí e Taquarussu pelo Porto São José se torne realidade. “Mas temos que viabilizar algumas situações agora”, lembra ele.
É que para viabilizar esta proposta é preciso fazer vários projetos, de impacto ambiental, de engenharia e avaliar as desapropriações, entre outros. “Tudo isto tem que estar pronto até 2019 para que o Governo Federal, através do Ministério dos Transportes, coloque este trecho no plano de concessões”, explica ele. Sobre os ajustes técnicos, o DER vai ajudar a fazer.
Demerval Silvestre diz que o projeto vem tendo boa receptividade porque o país “tem sérios problemas de infraestrutura, especialmente de transporte e armazenamento de grãos. Não pode um país agrícola, grande produtor e exportador de grãos, ter este tipo de problema. O país está carente deste tipo de obra, que liga a região produtora (MS) aos pontos de exportação (Porto Seco em Maringá e o Porto de Paranaguá)”, resume o diretor do Sindicato Rural.
Silvestre contou que o governador voltou a elogiar a mobilização regional em busca de ferramentas de desenvolvimento. Foi assim para a duplicação da BR-376 entre Paranavaí e Nova Esperança, para a conquista da Reitoria da Unespar e para viabilizar a Unidade Morumbi da Santa Casa de Paranavaí.
“São movimentos regionais, sem personalismo. E este que estamos buscando viabilizar, ligando a região ao Mato Grosso do Sul pelo Porto São José tem esta mesma característica”, garante ele.