Santa Casa: Secretário de Saúde diz que superlotação é temporária

Uma situação temporária (usou o termo sazonal) e que deve se estabilizar rapidamente. Foi o que afirmou o secretário de Estado da Saúde do Paraná, Antônio Carlos Nardi, ao avaliar os dias de superlotação na Santa Casa de Paranavaí. Ele apontou algumas razões para o problema verificados nos últimos dias no hospital e falou de soluções para o futuro ao participar de evento na cidade de Paranavaí, anteontem à noite.
Nardi lembrou que este período (inverno) é propício para algumas situações pontuais, como a hospitalização por problemas respiratórios que demoram mais para evoluir, portanto, ocupando leitos por mais tempo, especialmente envolvendo idosos e crianças.
Ao se referir à situação em todo o Estado, citou outros fatores, dentre eles, o índice menor de vacinação contra a gripe, deste ano, que pode estar refletindo agora. Até 11 de julho a gripe já havia matado 50 pessoas no Paraná.  
Para enfrentar o cenário momentâneo, Nardi indica alguns caminhos. Um deles é que os hospitais menores possam manter seus pacientes nas cidades de origem, só encaminhando os casos que realmente precisem de suporte com maior resolutividade.
Nardi ainda sugere uma reflexão sobre o tempo de permanência de pacientes em hospitais de referência. Lembra que a pessoa entra por conta do estado e permanece até a cura nestas unidades. Portanto, ocupam os leitos por muitos dias, o que em determinados momentos causam o estrangulamento do sistema.
“É preciso girar os leitos”, explica o secretário, numa linguagem típica das unidades de saúde, apontando ainda a central de leitos como importante para fazer o equilíbrio nestes dias em que há superlotação.
Durante a manifestação pública o secretário afirmou que fez questão de estar em Paranavaí para debater o problema na Santa Casa, que chegou a abrigar pacientes em macas. Para o secretário, que é funcionário de carreira da saúde pública, a solução parte do trabalho de toda a equipe.