São Pedro e São Paulo: reconhecer e testemunhar que Jesus é o Messias…

A liturgia convida-nos a refletir sobre essas duas figuras e a considerar o seu exemplo de fidelidade a Jesus Cristo e de testemunho do projeto libertador de Deus.
O evangelho convida os discípulos a aderirem a Jesus e acolherem-no como “o Messias Filho de Deus”. Dessa adesão nasce a Igreja – a comunidade dos discípulos de Jesus convocada e organizada à volta de Pedro. À Igreja e a Pedro é confiado o poder das chaves – isto é de interpretar as palavras de Jesus de adaptar os ensinamentos de Jesus aos desafios do mundo e de acolher na comunidade todos aqueles que aderem à proposta de salvação que Jesus oferece.
A história de Pedro que hoje nos é proposta garante-nos que, nos momentos de perseguição e de oposição, o nosso Deus não nos abandona. Ele será sempre uma presença reconfortante e libertadora ao nosso lado, dando-nos coragem para continuarmos a nossa missão e para darmos testemunho dos valores do Reino. O cristão não tem medo porque sabe que Deus está com ele e que, por isso, nenhum mal lhe acontecerá. (At 12,1-11)
A vida de Paulo foi, desde o seu encontro com Cristo ressuscitado na estrada de Damasco, uma resposta generosa ao chamamento e um compromisso total com o evangelho. Por Cristo e pelo evangelho, Paulo lutou, sofreu, gastou e desgastou a sua vida, num dom total, para que a salvação de Deus chegasse a todos os povos da terra. No final, ele sente-se como um atleta que lutou até o fim para vencer e está satisfeito com a sua prestação. Resta-lhe receber essa coroa de glória, reservada aos atletas vencedores (e que Paulo sabe não estar reservada apenas a ele, mas também a todos aqueles que lutam com o mesmo denodo e o mesmo entusiasmo pela causa do “Reino”. (2Tm 4,6-8.17-18)
Nos três evangelhos sinóticos aparece como importante baliza no caminho de Jesus a sua pergunta aos discípulos sobre o que as pessoas diziam e pensavam acerca d’Ele. (Mc 8,27-36; Mt 16,13-20; Lc 9,18-21). Nos três evangelhos Pedro responde em nome dos doze apóstolos com uma confissão que se distingue claramente da opinião das “pessoas”. Nos três evangelhos Jesus anuncia logo a seguir sua paixão e sua ressurreição e continua o anúncio do seu próprio destino com um ensinamento sobre o caminho do discipulado, do seguimento de seus passos, que é o Crucificado. Nos três evangelhos, Ele explica, porém, este seguimento da cruz de modo radicalmente antropológico, como necessário caminho da renúncia, sem o qual não é possível ao homem encontrar-se. A confissão de Pedro, portanto, ligada ao ensinamento de Jesus aos discípulos é que nos dá a totalidade e o essencial da fé cristã.
Quando olhamos a figura de Pedro e de Paulo, verificamos as suas fraquezas e também as suas forças. Pedro é um homem sério, simples, espontâneo, chegando a ser impulsivo. Pagará caro por seus ímpetos de presunção: sua fragilidade o levará a negar o Mestre. Mas tem a humildade, soube arrepender-se. Paulo, é um homem instruído, tende ao fanatismo, exagera até na fidelidade às suas idéias, mas é também honesto e humilde. De perseguidor dos cristãos se torna anunciador, também passa por um processo de conversão. Chegaram por caminhos diversos e pontilhados de erros diferentes, através de experiências distintas, vivendo tipos de santidade bem específica, sem obedecerem a um modelo único de vida. Ambos reconheceram o Cristo e Nele depositaram a sua realização, dele tiraram a força e a coragem para subir ao martírio, em um sacrifício sem reservas e com um amor sem igual. Pedro é a rocha, o representante justo e seguro do chefe de família na Igreja. Paulo, o itinerante, que se apresenta a novos povos, que é radical na sua vocação de apóstolo dos pagãos.

Frei Filomeno dos Santos O. Carm.

São Pedro e São Paulo: reconhecer e testemunhar que Jesus é o Messias…

A liturgia convida-nos a refletir sobre essas duas figuras e a considerar o seu exemplo de fidelidade a Jesus Cristo e de testemunho do projeto libertador de Deus.
O evangelho convida os discípulos a aderirem a Jesus e acolherem-no como “o Messias Filho de Deus”. Dessa adesão nasce a Igreja – a comunidade dos discípulos de Jesus convocada e organizada à volta de Pedro. À Igreja e a Pedro é confiado o poder das chaves – isto é de interpretar as palavras de Jesus de adaptar os ensinamentos de Jesus aos desafios do mundo e de acolher na comunidade todos aqueles que aderem à proposta de salvação que Jesus oferece.
A história de Pedro que hoje nos é proposta garante-nos que, nos momentos de perseguição e de oposição, o nosso Deus não nos abandona. Ele será sempre uma presença reconfortante e libertadora ao nosso lado, dando-nos coragem para continuarmos a nossa missão e para darmos testemunho dos valores do Reino. O cristão não tem medo porque sabe que Deus está com ele e que, por isso, nenhum mal lhe acontecerá. (At 12,1-11)
A vida de Paulo foi, desde o seu encontro com Cristo ressuscitado na estrada de Damasco, uma resposta generosa ao chamamento e um compromisso total com o evangelho. Por Cristo e pelo evangelho, Paulo lutou, sofreu, gastou e desgastou a sua vida, num dom total, para que a salvação de Deus chegasse a todos os povos da terra. No final, ele sente-se como um atleta que lutou até o fim para vencer e está satisfeito com a sua prestação. Resta-lhe receber essa coroa de glória, reservada aos atletas vencedores (e que Paulo sabe não estar reservada apenas a ele, mas também a todos aqueles que lutam com o mesmo denodo e o mesmo entusiasmo pela causa do “Reino”. (2Tm 4,6-8.17-18)
Nos três evangelhos sinóticos aparece como importante baliza no caminho de Jesus a sua pergunta aos discípulos sobre o que as pessoas diziam e pensavam acerca d’Ele. (Mc 8,27-36; Mt 16,13-20; Lc 9,18-21). Nos três evangelhos Pedro responde em nome dos doze apóstolos com uma confissão que se distingue claramente da opinião das “pessoas”. Nos três evangelhos Jesus anuncia logo a seguir sua paixão e sua ressurreição e continua o anúncio do seu próprio destino com um ensinamento sobre o caminho do discipulado, do seguimento de seus passos, que é o Crucificado. Nos três evangelhos, Ele explica, porém, este seguimento da cruz de modo radicalmente antropológico, como necessário caminho da renúncia, sem o qual não é possível ao homem encontrar-se. A confissão de Pedro, portanto, ligada ao ensinamento de Jesus aos discípulos é que nos dá a totalidade e o essencial da fé cristã.
Quando olhamos a figura de Pedro e de Paulo, verificamos as suas fraquezas e também as suas forças. Pedro é um homem sério, simples, espontâneo, chegando a ser impulsivo. Pagará caro por seus ímpetos de presunção: sua fragilidade o levará a negar o Mestre. Mas tem a humildade, soube arrepender-se. Paulo, é um homem instruído, tende ao fanatismo, exagera até na fidelidade às suas ideias, mas é também honesto e humilde. De perseguidor dos cristãos se torna anunciador, também passa por um processo de conversão. Chegaram por caminhos diversos e pontilhados de erros diferentes, através de experiências distintas, vivendo tipos de santidade bem específica, sem obedecerem a um modelo único de vida. Ambos reconheceram o Cristo e Nele depositaram a sua realização, dele tiraram a força e a coragem para subir ao martírio, em um sacrifício sem reservas e com um amor sem igual. Pedro é a rocha, o representante justo e seguro do chefe de família na Igreja. Paulo, o itinerante, que se apresenta a novos povos, que é radical na sua vocação de apóstolo dos pagãos.