SAÚDE E ELEIÇÕES
Nesta campanha política proliferam propostas, as mais diversas, de como melhorar o atendimento de saúde pública prestado pelo SUS aos brasileiros.
Infelizmente, como convém aos candidatos, não se aborda como financiar e operacionalizar as melhorias que, nos programas eleitorais, parecem fáceis de implantar.
O SUS trouxe uma melhora significativa ao atendimento da saúde, universalizando de forma gratuita, o acesso a consultas, cirurgias, tratamentos, medicamentos e outras necessidades nesta área tão sensível e importante do serviço público.
Porém isto tudo tem um alto preço, e ainda não houve uma discussão séria e produtiva neste assunto, de forma a equilibrar o orçamento da área. Talvez por mexer na parte mais sensível das pessoas, o bolso.
A opção adotada foi sacrificar de forma perigosa os municípios, fazendo com que dobrassem o volume de recursos previsto na constituição para gastos nesta área, que é de 15%, enquanto os estados não cumprem os 12% e o governo federal ainda não regulamentou, de forma adequada, sua participação que deveria ser de 10%, dos respectivos orçamentos.
Afinal, a população sabe onde moram os prefeitos, e tem acesso fácil a eles, assim como os órgãos de fiscalização e controle que não usam o mesmo rigor com relação aos governadores e à presidência.
Neste terreno fértil cresce a semente da demagogia, onde alguns candidatos ao legislativo, de forma demagógica e usando as deficiências do sistema SUS, querem se destacar como "salvadores da Pátria", mesmo sabendo que sua única função será legislar, e a contribuição mais importante que poderão dar ao atendimento à saúde é fiscalizar e cobrar o executivo, que é o responsável pela formatação e execução do orçamento.
Alguns destes demagogos, exercendo cargos públicos, principalmente no legislativo, não deram uma só contribuição importante nesta área. Pelo contrário, sempre se postaram contra importantes projetos que visaram economizar recursos públicos ou aperfeiçoar o sistema de tributação, produzindo justiça fiscal, de forma a termos melhores condições para atendimento às necessidades da população, em especial a atenção à saúde.
Agora é uma hora apropriada de separar "o joio do trigo" e votar em pessoas que tenham condições efetivas de cumprir bem as atribuições que serão delegadas pelo voto popular. A pessoa que recebe seu voto poderá ser nosso representante no legislativo estadual e federal.
Um voto consciente, buscando representantes com conhecimento e capacidade, será uma das condições de termos a devida atenção à população, no estado e na nossa cidade.
Ao contrário, votando em inconsequentes e demagogos, que farão oposição sistemática a tudo de relevante que for proposto para sua análise, não vai contribuir para uma representação de qualidade a nosso serviço.