Saúde monitora contatos de jovem que morreu vítima de meningite

Numa ação preventiva, a Secretaria de Saúde de Paranavaí está monitorando as pessoas que tiveram contato direto com o jovem que morreu de meningite na última segunda-feira, após período internado no Pronto Atendimento (PA).
Além de familiares, também um grupo de jovens é acompanhado. Eles teriam fumado narguilé com o rapaz, compartilhando o utensílio, uma espécie de cachimbo.
A médica infectologista, Gislaine Erédia Araújo, confirmou o acompanhamento. Explica que só tomaram medicamento quem teve contato mais íntimo com o jovem e por períodos prolongados.
São enquadrados neste perfil os familiares e os profissionais de saúde que cuidaram do paciente. Sem contar que o medicamento é eficaz para barrar a doença se ministrado nas primeiras 24 horas.
Os jovens que fumaram narguilé foram apenas orientados. Ninguém apresentou qualquer sintoma até o momento e as medidas são preventivas, diz a médica.
O caso de meningite é atípico para a época do ano, caracterizada pelo calor e baixa umidade. A médica detalha que a doença ocorre especialmente no inverno, por conta de aglomerações.
A 14ª Regional de Saúde confirma o caso de meningite, detectado em exames no Instituto Médico Legal (IML). Agora, é preciso aguardar os testes para saber o tipo de meningite, identificando se viral ou bacteriana. A viral pode ser transmitida pelo ar, contato indireto. Já a bacteriana tem a transmissão por via direta (secreção, mucosa, etc.).
O caso do jovem morto por meningite teve repercussão devido a algumas particularidades. Isso porque no domingo à tarde ele se envolveu em um acidente de trânsito na cidade de Loanda. Não houve feridos e todos foram liberados sem necessidade de atendimento médico.
Quando o jovem começou a passar mal e foi internado, a primeira possibilidade levantada foi um possível trauma craniano, porém, a necropsia (popularmente conhecida como autópsia) indicou não haver lesões desse porte, confirmando o laudo para meningite.