Segurança alimentar tem efeitos diretos no combate à fome e na promoção de saúde

As políticas públicas voltadas para a segurança alimentar incentivam a agricultura familiar e priorizam os produtos cultivados sem o uso de agrotóxicos. Com isso, garantem mais do que o combate à fome: promovem a saúde da população.
A relação entre os programas governamentais e a redução dos problemas de saúde foi apontada pelo psicólogo Adalberto Sabino, integrante da Comissão Regional de Segurança Alimentar e Nutricional. Ele esteve ontem em Paranavaí e conversou com gestores e técnicos municipais de toda a região.
Em foco, a implantação do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan) nas secretarias municipais que atuam diretamente com os programas de combate à fome, entre os quais o Bolsa Família e o de Aquisição de Alimentos.
Segundo Sabino, o Sisan é fundamental para a unificação dos programas de segurança alimentar em andamento nos municípios. “Já existem ações acontecendo, mas em muitos casos faltam os equipamentos necessários. O Sisan permite organizar todos esses programas”.
No âmbito nacional, o Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional já é realidade. Em nível estadual, está em fase de implantação. “É a vez dos municípios implementarem o Sisan. Assim, não deixarão de receber recursos para as ações de combate à fome”, disse Sabino.
Segundo ele, não existe um prazo para que o Sisan seja implantado, mas a orientação é que as prefeituras o façam o quanto antes. Na avaliação do psicólogo, os programas de segurança alimentar são bem estruturados nos municípios da região, por isso, o processo não deverá ser lento.
O encontro de técnicos e gestores aconteceu ontem, no Centro de Conferências da Faculdade Estadual de Educação, Ciências e Letras de Paranavaí (Unespar/Fafipa). Foi a segunda Oficina Regional de Formação em Segurança Alimentar e Nutricional.
De acordo com Sabino, a reunião foi oportunidade para começar a estruturar o Sisan, que inclui as conferências, os conselhos e os planos municipais e as políticas públicas que têm relação com a segurança alimentar.
AUTORIDADES – Durante a cerimônia de abertura da Oficina, a chefe substituta do escritório regional da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Economia Solidária, Maria Izabel Junglaus, incentivou técnicos e gestores a se dedicarem à implantação do Sisan. “Que seja uma política duradoura”.
A secretária de Assistência Social de Paranavaí, Marly Bavia, também destacou a necessidade de acelerar a implantação do Sisan para que os programas que já estão em andamento sejam potencializados.