Segurança no trânsito é argumento de motoristas favoráveis ao radar

Excedeu o limite de velocidade, será multado.
Desde ontem, os motoristas que trafegam pelas ruas de Paranavaí, acima da velocidade permitida, estão sujeitos a multas que podem variar de R$ 85 a R$ 573.
O radar móvel que registrará as infrações já começou a operar nas principais vias da cidade, com o objetivo de garantir mais segurança ao trânsito urbano. Quem se diz favorável à medida defende que o número de acidentes irá diminuir.
Morador de Paranavaí, Mauro Xavier responde: “Acho bom para evitar o excesso de velocidade, principalmente de motocicletas. Com o radar, o trânsito vai ser mais seguro, desde que os motoristas sejam bem orientados. O que não pode acontecer é virar uma indústria de multas”.
Luciane Rigoleto também mora em Paranavaí. Na opinião dela, o radar é “fundamental, principalmente nas ruas do centro e na Avenida Heitor Furtado, onde os carros passam em alta velocidade”. Segundo ela, as multas vão ajudar a controlar os motoristas que não respeitam os limites.
Para Juliana Gonçalves, o uso do radar garante mais segurança a motoristas e pedestres. “Diminui o risco de acidentes”, diz. A moradora de Paranavaí argumenta que agora o risco de acidentes será menor, dando mais segurança para o trânsito de Paranavaí.
VISITANTES OPINAM – Rosineide Pereira Conceição dos Santos mora em Amaporã, mas frequentemente viaja para Paranavaí. Ela também diz ser favorável ao uso de radares para multar os motoristas que excedem a velocidade. “A gente se sente mais segura sabendo que os motoristas vão controlar a velocidade”.
Morador de Inajá, Samango Dias concorda com a medida. “Tudo que puderem fazer para educar os motoristas e deixar o trânsito melhor é bom. Agora, as pessoas vão ter mais cuidado e dirigir com mais respeito”.
CONTRA O RADAR – Álvaro José Botini diz ser contra o uso de radar. Para ele, o número de placas de sinalização é bastante reduzido e confuso. “Na mesma rua existe placa indicando 30 (quilômetros por hora) e 40 (quilômetros por hora). Precisam melhorar a sinalização”, responde. O morador de Paranavaí defende ainda que o limite máximo de velocidade é baixo: “Às vezes temos alguma emergência e temos de dirigir a 40 por hora. Essa indicação precisa ser revista”.

Locais onde haverá fiscalização


São elas:

Avenida Heitor de Alencar Furtado
*próximo da UTI da Cerveja;
*próximo da Pontal Veículos;
*próximo da Pneu Marco;
*próximo do Laboratório Pasteur;
*próximo da Delegacia.

Avenida Tancredo Neves
*próximo à antiga Ópera Rock;
*próximo ao Residencial Mont Blanc.

Avenida Gabriel Esperidião
*próximo ao Rec Som;
*próximo ao Clube Campestre.

Avenida Distrito Federal
*próximo à Antena da Telepar.

Rua Pernambuco
*esquina com Rua Pará.

Rua Souza Naves
*próximo à Previdência Social.

Avenida Paraná
*próximo à Savage Som
*próximo ao Flash Total

Gerente da Ditran afirma que radar é mecanismo necessário
O objetivo da utilização de radar estático nas principais vias de Paranavaí é inibir os excessos de velocidade de forma a garantir a segurança de motoristas, motociclistas e pedestres e, consequentemente, preservar vidas.
É o que afirma Gabriel Luiz Santos, gerente administrativo da Ditran (Diretoria de Trânsito) de Paranavaí.
De acordo com dados da Polícia Militar, até o dia 21 de outubro já haviam sido registrados 972 acidentes de trânsito em Paranavaí, sendo 47% com vítimas. Estudos ainda mostram que cerca de 90% dos acidentes de trânsito ocorrem em função do excesso de velocidade e/ou embriaguez ao volante.
“As pessoas tendem a achar que o excesso de velocidade dentro da cidade é diferente do excesso de velocidade nas estradas, quando na verdade ambos oferecem o mesmo risco a motoristas e passageiros”, explica Santos, que estranha o fato de parte dos motoristas ser contra a adoção desses e outros mecanismos que, segundo ele, são utilizados unicamente com o objetivo de manter a segurança da população.
“As pessoas querem argumentar que a utilização desses mecanismos tem como objetivo a arrecadação, e chegam a utilizar expressões como ‘indústria da multa’. Eu costumo dizer que se fosse uma indústria, seria a indústria mais fácil de ser quebrada: basta não cometer infrações de trânsito, ou seja, andar dentro dos limites de velocidade, usar cinto de segurança, não falar ao celular enquanto dirige, não furar o semáforo, entre outras regras que servem, basicamente, para a segurança da própria população, que por algum motivo insiste em ignorar isso”, salienta.
“Não é interessante para a Ditran ou para qualquer outro órgão arrecadar dinheiro com essas multas. Pelo contrário. Interessante seria se todos respeitassem a legislação vigente, porque desta forma haveria menos acidentes de trânsito e, consequentemente, uma grande economia para o setor da saúde pública que deixaria de gastar milhões todos os anos para atender as vítimas do trânsito, sem falar no número de leitos que ficariam livres para outras demandas”, ressalta o gerente.
Neste sentido, Gabriel explica que o dinheiro arrecadado com a aplicação das multas é vinculado e só pode ser utilizado na área viária. “O dinheiro advindo das multas só poderá ser utilizado na área viária do município, ou seja, compra de placas e semáforos, pintura de sinalização viária, construção de lombadas, entre outros, não podendo ser utilizado para obras de asfalto ou qualquer outro fim”, conclui.