Segurança, prioridade nas cidades

Rogério J. Lorenzetti*

Tenho conversado com muitas pessoas, agora que disponho de tempo suficiente para andar pelas ruas e manter contato direto com elas. Incrível como sou abordado e requisitado a falar sobre o momento local e nacional.
Percebo que a população, indignada com o que está acontecendo, coloca a maioria dos políticos com mandato sob suspeita. Muitos aguardam a eleição de 2018 para fazer uma ampla renovação nos quadros dirigentes do país, sejam legisladores ou executivos.
Só vi algo parecido ao final da ditadura quando o MDB (Movimento Democrático Brasileiro) conseguiu eleger a grande maioria de representantes, mas o sistema era bipartidário e o outro partido, a ARENA (Aliança Renovadora Nacional) era o que dava sustentação ao governo da época, com altos índices de desaprovação popular.
Muito provavelmente, como hoje existem dezenas de partidos, a renovação se dará através de nomes, cuja história de vida (seja na iniciativa privada ou exercendo cargos públicos de forma comprometida com a ética e o interesse popular), os credenciem ao voto na eleição que se aproxima.
Uma das queixas frequentes que ouço refere-se à insegurança relatada por comerciantes, produtores e pessoas em geral. Um aumento na criminalidade, ainda não percebida nas estatísticas devido ao fato que pequenos roubos não são registrados na polícia, está em curso e exige medidas preventivas.
Tenho observado as ações da Polícia Militar neste sentido, como patrulhas constantes desta vigilante corporação e da nossa recém criada Guarda Municipal, que visam prevenir, quando não reprimir, delitos os mais diversos, protegendo a vida e o patrimônio público e privado.
Nossa ação, quando no governo, no sentido de dar a segurança necessária à população, foi com muitas iniciativas. De forma rápida cito a criação do GGIM (Gabinete de Gestão Integrada Municipal), visando integrar e criar protocolos unindo as diversas instituições que ajudam a manter e dar segurança as pessoas, criação da Guarda Municipal, combate a drogadição, atendimento à saúde preventiva, atividades conjuntas do município com as Polícias Militar e Civil, entre outras.
As ações por parte da Secretaria de Assistência Social, com programas nacionais e locais de apoio às famílias sob situação de risco, foram e são fundamentais, assim como na área da educação o aumento de vagas na pré escola e no ensino infantil (mais que dobramos as escolas municipais atendendo em tempo integral, além de promover atividades pró juventude, esporte e atividades culturais).
Incremento da construção civil através de programas de habitação popular e infraestrutura na periferia, obras públicas, qualificação do trabalhador, geração de empregos, iluminação pública, limpeza urbana e outras, deram a cidade uma paz social poucas vezes vista na nossa história.
A segurança pública não depende só de políticas repressivas, que podem gerar violência e risco à vida. Nesta área mais que tudo, vale a máxima popular: "melhor prevenir do que remediar". Mais ações de inteligência, preventivas, aliadas às políticas públicas de promoção social são necessárias para o combate à criminalidade.

*Rogério J. Lorenzetti, ex-prefeito de Paranavaí, período 2009/2016