Sem acordo, juiz determina nova audiência no caso Sindoscom
O juiz Kleber Ricardo Damaceno, da Vara do Trabalho, determinou a realização de nova audiência para ouvir os envolvidos nos dois processos referentes ao Sindicato dos Trabalhadores do Comércio de Paranavaí e Região (Sindoscom). O objetivo é apurar as denúncias de fraude na eleição para a presidência.
A decisão foi tomada depois que ele sugeriu o acordo entre as partes, mas a ideia foi rejeitada. Na opinião de Damaceno, se o caso não precisasse ser tratado judicialmente, o processo se tornaria menos traumático para os envolvidos, para a entidade sindical e para a classe trabalhadora representada pelo Sindoscom.
O juiz afirmou que as duas ações apresentaram equívocos de ordens técnicas, por isso, é preciso fazer as devidas correções e apurar as alegações. A partir daí, será necessário ouvir o que as testemunhas têm a dizer sobre a votação e a apuração que ocorreram no dia 3 de fevereiro deste ano.
Damaceno destacou que não pode adiantar a decisão, já que o processo é complexo e precisa ser analisado criteriosamente. Mesmo assim, explicou que há duas possibilidades: anular o pleito e determinar a realização de outra votação ou manter a atual presidência. O resultado das ações deverá ser conhecido em julho.
Vencedora do processo eleitoral e atual presidente do Sindoscom, Leila Vanda Aguiar não quis comentar sobre as audiências realizadas na tarde de ontem. Já Marcelo Fim, o candidato de oposição, considerou a decisão do juiz razoável, por entender que o caso precisa ser aprofundado.
ENTENDA O CASO – Após o pleito que deu a vitória a Leila Vanda Aguiar, a chapa concorrente alegou que as cédulas que estavam em uma urna foram adulteradas. Assim, os votos foram anulados, garantindo o resultado que beneficiou a atual diretoria.
Uma ordem judicial foi expedida para o recolhimento das cédulas, mas a busca na sede do Sindoscom não foi bem-sucedida. Foram encontradas urnas e cédulas de pleitos anteriores, mas as utilizadas em 2017 não estavam no local.
Assim, dois processos judiciais foram abertos. O primeiro inclui a presidente anterior, Elizabete Madrona, e a atual. O segundo é contra Vanda Leila Aguiar e os componentes da chapa vitoriosa na eleição.