Sem perspectivas de melhoria, produtores de mandioca prometem bloquear rodovias
Uma paralisação que deve atingir rodovias estratégicas, a exemplo do que aconteceu no recente manifesto dos caminhoneiros. É o que prometem os produtores de mandioca, através da associação da classe (Aproman).
A manifestação é uma resposta ao resultado da reunião de anteontem à tarde em Brasília com a Câmara Setorial da Mandioca e representantes da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
Ainda em Brasília, o presidente da Aproman, Francisco Androvicis Abrunhoza, confirmou (via telefone) a decisão de protestar bloqueando as rodovias. Ele resumiu a reunião, afirmando que a Conab descartou rever o preço mínimo da mandioca – atualmente R$ 170,00 para a região Sul.
Também afastou a possibilidade de fazer compras de estoques reguladores através de AGF (Aquisição do Governo Federal) e mesmo operações de EGF (Empréstimo do Governo Federal).
Segundo Abrunhoza, a mensagem foi direta, com os órgãos governamentais afirmando não terem dinheiro.
Os detalhes da paralisação a partir de segunda-feira serão tratados numa reunião hoje, às 14 horas, no local conhecido como “Garapeira”, em Maria Helena, região de Umuarama.
As lideranças do setor mandioqueiro tinham retorno à região marcado para ontem à tarde. Antes da partida, ainda tentavam uma audiência com a ministra da Agricultura, Kátia Abreu.
A ideia dos produtores é unir forças com as associações de caminhoneiros, fechando rodovias. Conforme disse Abrunhoza, na semana passada, as associações de caminheiros do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul estariam unidas com os produtores.
A crise no setor da mandiocultura se arrasta desde o final do ano passado. Piorou neste ano com a tonelada da raiz chegando a ser comercializada a R$ 140,00 – atualmente está em torno de R$ 150,00. Problema é que o custo de produção, segundo os agricultores, ultrapassam R$ 200,00.
HISTÓRICO – Os agricultores iniciaram organização no mês de fevereiro. Desde então, uma série de reuniões, incluindo duas grandes assembleias no Distrito de Graciosa em Paranavaí e um encontro na Abam – Associação Brasileira dos Produtores de Amido de Mandioca (também em Paranavaí) foram, realizadas.
Os produtores defendem a revisão do preço mínimo, compra de estoques reguladores pelo Governo Federal, desafogando o mercado, além de alguns incentivos e isenções, que viabilizem a atividade.
UM SETOR INSTÁVEL – Em dezembro de 2013, a cotação oficial indicava R$ 550,00 a tonelada (Há depoimentos de produtores relatando preços superiores a R$ 600,00 a tonelada naquele ano). Porém, um ano depois, em dezembro último, a mesma tonelada foi vendida a R$ 219,00 – redução de 60,18%. O pico da desvalorização veio no início deste ano, com cotações de até R$ 140,00 a tonelada.
NÚMEROS OFICIAIS – Conforme o Deral – Departamento de Economia Rural da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, na safra 2013/2014 foram plantados 36.077 hectares com rendimento de 23,49 toneladas por hectare, totalizando 847,478 toneladas de produção total.
A estimativa para a safra 2014/2015 é de 37.617 hectares, com rendimento médio de 24 toneladas por hectare. Isso deve representar 902,808 toneladas.
O Paraná deve colher nesta safra (2014/2015) cerca de 04 milhões de toneladas, o que representaria crescimento de 5% em relação à safra anterior. Cerca de 52% do total plantado se concentram na Macrorregião Noroeste.
A produção vai ficar em torno de 20,8 milhões de toneladas na região. A área total com plantio no Paraná é de 165.352 hectares, dos quais, 85.983 no Noroeste. São mais de 40 mil agricultores na atividade em todo o Paraná, o que representa cerca de 33 mil postos de trabalho no campo.
A manifestação é uma resposta ao resultado da reunião de anteontem à tarde em Brasília com a Câmara Setorial da Mandioca e representantes da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
Ainda em Brasília, o presidente da Aproman, Francisco Androvicis Abrunhoza, confirmou (via telefone) a decisão de protestar bloqueando as rodovias. Ele resumiu a reunião, afirmando que a Conab descartou rever o preço mínimo da mandioca – atualmente R$ 170,00 para a região Sul.
Também afastou a possibilidade de fazer compras de estoques reguladores através de AGF (Aquisição do Governo Federal) e mesmo operações de EGF (Empréstimo do Governo Federal).
Segundo Abrunhoza, a mensagem foi direta, com os órgãos governamentais afirmando não terem dinheiro.
Os detalhes da paralisação a partir de segunda-feira serão tratados numa reunião hoje, às 14 horas, no local conhecido como “Garapeira”, em Maria Helena, região de Umuarama.
As lideranças do setor mandioqueiro tinham retorno à região marcado para ontem à tarde. Antes da partida, ainda tentavam uma audiência com a ministra da Agricultura, Kátia Abreu.
A ideia dos produtores é unir forças com as associações de caminhoneiros, fechando rodovias. Conforme disse Abrunhoza, na semana passada, as associações de caminheiros do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul estariam unidas com os produtores.
A crise no setor da mandiocultura se arrasta desde o final do ano passado. Piorou neste ano com a tonelada da raiz chegando a ser comercializada a R$ 140,00 – atualmente está em torno de R$ 150,00. Problema é que o custo de produção, segundo os agricultores, ultrapassam R$ 200,00.
HISTÓRICO – Os agricultores iniciaram organização no mês de fevereiro. Desde então, uma série de reuniões, incluindo duas grandes assembleias no Distrito de Graciosa em Paranavaí e um encontro na Abam – Associação Brasileira dos Produtores de Amido de Mandioca (também em Paranavaí) foram, realizadas.
Os produtores defendem a revisão do preço mínimo, compra de estoques reguladores pelo Governo Federal, desafogando o mercado, além de alguns incentivos e isenções, que viabilizem a atividade.
UM SETOR INSTÁVEL – Em dezembro de 2013, a cotação oficial indicava R$ 550,00 a tonelada (Há depoimentos de produtores relatando preços superiores a R$ 600,00 a tonelada naquele ano). Porém, um ano depois, em dezembro último, a mesma tonelada foi vendida a R$ 219,00 – redução de 60,18%. O pico da desvalorização veio no início deste ano, com cotações de até R$ 140,00 a tonelada.
NÚMEROS OFICIAIS – Conforme o Deral – Departamento de Economia Rural da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, na safra 2013/2014 foram plantados 36.077 hectares com rendimento de 23,49 toneladas por hectare, totalizando 847,478 toneladas de produção total.
A estimativa para a safra 2014/2015 é de 37.617 hectares, com rendimento médio de 24 toneladas por hectare. Isso deve representar 902,808 toneladas.
O Paraná deve colher nesta safra (2014/2015) cerca de 04 milhões de toneladas, o que representaria crescimento de 5% em relação à safra anterior. Cerca de 52% do total plantado se concentram na Macrorregião Noroeste.
A produção vai ficar em torno de 20,8 milhões de toneladas na região. A área total com plantio no Paraná é de 165.352 hectares, dos quais, 85.983 no Noroeste. São mais de 40 mil agricultores na atividade em todo o Paraná, o que representa cerca de 33 mil postos de trabalho no campo.