Sem utilidade, metade dos quiosques da Praça Brasil vai ser demolida

Por iniciativa do prefeito Rogério Lorenzetti e aprovação da Câmara de Vereadores em primeira discussão, anteontem, cinco dos dez quiosques da Praça Brasil (anexo ao Terminal Urbano Ângelo Bogoni) serão demolidos. No local deve ser construída a nova Unidade Básica de Saúde (posto) do centro.
O projeto 094/2015 do Poder Executivo pede a alteração do local de construção do posto de saúde, inicialmente previsto para uma área do Colégio Leonel Franca. Ocorre que, por decisão judicial, o município não obteve permissão para construir. A área seria de competência do Estado.
Diante da negativa de uso do terreno e da licitação em curso, houve por bem promover a alteração, garantindo o investimento dos recursos federais, explica o secretário de Saúde, Agamenon Arruda de Souza. Serão investidos mais de R$ 600 mil em recursos federais, além da contrapartida do município.
O prazo para iniciar a obra vence já neste mês, sob pena de perder os recursos. Daí, a necessidade da mudança com demolição de parte dos quiosques.
A obra já está licitada e cadastrada junto ao Ministério da Saúde, informa o Executivo na justificativa aos vereadores. Por outro lado, a mudança de lote não ocasionará alteração dos valores licitados. Sem contar que o município não dispõe de outro lote na região proposta para o posto de saúde.
Ficam mantidas as instalações do Terminal Urbano, bem como das secretarias de Educação e Desenvolvimento Social e da Junta Militar, serviços que já atendem na área da Praça Brasil.
CONTRA – O vereador Antônio Alves (PP) votou contra a construção do posto naquele local, bem como é contrário à demolição dos quiosques. Ele avalia que a cidade tem uma série (segundo ele cerca de 400) lotes e poderia deslocar o posto para outra área.
Também defende um grande projeto de praça, tornando o local uma referência para Paranavaí. “Deveria ser o nosso cartão postal”, comenta. Ele avalia que o ideal seja a revitalização de toda a praça, tornando-se um local para comerciantes e de visitação, especialmente enquanto as pessoas aguardam para embarcar em ônibus.
Na opinião do vereador outro problema é que a demolição será parcial. Ficarão cinco quiosques e um terreno fracionado. O secretário Agamenon antecipa que outras intervenções deverão acontecer para dar estrutura ao novo posto. Uma delas poderá ser a completa retirada dos quiosques e transformação em estacionamento.
Ainda na justificativa apresentada aos vereadores, o Poder Executivo lembra que o centro é a única área sem unidade de saúde. Também na defesa do local está a proximidade com outras estruturas de saúde (14ª Regional, Secretaria Municipal), sem contar que o acesso será facilitado pelas linhas de ônibus de toda a cidade.
OUTRAS INFORMAÇÕES – A Câmara de Vereadores pediu detalhes sobre a construção dos quiosques, envolvendo datas, preços, financiamento e outros. A Secretaria de Gestão Pública informou que está fazendo tais levantamentos. Trata-se de uma obra do ano 2000, contratada em período anterior, a princípio, com recursos do Programa Paraná Urbano.  
Antiga estação rodoviária, a estrutura pública tece ainda outra tentativa de urbanização entre 2009 e 2010. Foi a construção de duas estruturas com boxes para abrigar vendedores autônomos, retirados de outros pontos da cidade. Hoje os boxes funcionam parcialmente. Já em relação aos quiosques de alvenaria, apenas duas unidades estão sendo utilizadas.