Separação incorreta do lixo compromete capacidade de produção da Coopervaí

A Cooperativa de Seleção de Materiais Recicláveis e Prestação de Serviços de Paranavaí (Coopervaí) ainda não alcançou a capacidade máxima de produção. Seria possível processar 600 toneladas de lixo reciclável por mês, mas a média é de aproximadamente 150 toneladas.
O principal problema está no comportamento dos moradores: grande parte ainda não faz a separação correta dos resíduos. De acordo com a assessora da Coopervaí, Vera Marcia Teixeira de Lima, é comum encontrar lixo orgânico e até mesmo animais mortos misturados aos recicláveis.
Ao mesmo tempo, há quem descarte produtos que poderiam ser reaproveitados junto ao lixo comum. Além de interferir na produtividade dos catadores da Coopervaí, a prática torna menor o tempo de vida útil do aterro sanitário, à medida que os itens recicláveis vão ocupando espaço no local.
A situação econômica do país também tem influência na produtividade dos cooperados. Vera Marcia ressaltou que a crise reflete na redução do consumo, sendo assim, a quantidade de descarte diminui.
O crescente número de catadores informais é outro resultado das dificuldades que os brasileiros enfrentam. “Muitas famílias estão desempregadas e passam a recolher o lixo reciclável antes do caminhão da coleta. Por causa disso, nosso volume mensal caiu”, disse a assessora da Coopervaí.
Atualmente, a cooperativa conta com os trabalhos de 40 catadores. Quanto maior o volume de produtos recicláveis retirados das ruas de Paranavaí e dos distritos, mais esses trabalhadores conseguem incrementar a renda mensal. Na avaliação de Vera Marcia, isso será possível “quando a população tiver mais consciência sobre a importância da reciclagem”.