Sinserpar vai discutir proposta de reajuste salarial com servidores
A proposta de reajuste salarial de 4,17% para os salários dos funcionários da Prefeitura será levada para a discussão da categoria em assembleia do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Paranavaí (Sinserpar).
A reunião deve ser realizada entre os dias 15 e 18 de fevereiro. A proposta foi apresentada pelo prefeito Carlos Henrique Rossato Gomes (Caique) em reunião de negociação na tarde de terça-feira (29).
Segundo o presidente Gabriel dos Santos Luiz, que considerou “positiva” a reunião, a oferta garante que, depois de alguns anos, os servidores terão aumento real de salário. “Nós pedimos um índice maior, de 4,5%. O prefeito disse que não poderia chegar a este índice e fez a proposta de 4,17%, o que consideramos bom. Mas a decisão será tomada na assembleia”, disse Santos.
Participaram da reunião de negociação a diretoria do sindicato e representantes das secretarias municipais. O prefeito estava acompanhado de secretários e técnicos da Secretaria da Fazenda.
“Foi uma reunião proveitosa e aproveitamos para cumprimentar a administração municipal pelas medidas tomadas que incrementaram a arrecadação, que está permitindo agora a concessão deste reajuste salarial com aumento real”, sublinhou o presidente do sindicato.
De acordo com a contadora Eliane da Costa Silva, da equipe que presta assessoria econômica ao Sinserpar, considerando a concessão do anuênio (tem servidores que recebe 1% e outros 2%) mais a avaliação, que concede 1,5% ao servidor, a média do reajuste será de 7,32%, sendo que uns podem chegar a 7,85% e outros 6,79 (por conta da diferença do índice do anuênio)
VALE ALIMENTAÇÃO – No encontro, a diretoria do Sindicato apresentou outras reivindicações além do índice de reajuste salarial, entre elas, a concessão de vale-alimentação a todos os servidores.
A Administração Municipal já está trabalhando para conceder este benefícios aos professores, mas o Sindicato pleiteia que seja estendido a todos os servidores.
“O prefeito explicou que os recursos para o vale-alimentação do magistério estão saindo do Fundeb, que tem como arcar. De qualquer forma, ele ficou de fazer um novo estudo para ver a possibilidade de atender a reivindicação”, explicou o sindicalista.
Sobre o pedido de a Prefeitura providenciar um novo laudo de insalubridade e periculosidade, o Governo Municipal disse que está contratando profissionais em medicina do trabalho que vão realizar o trabalho. Doravante haverá uma equipe própria para fazer esta avaliação, informou a Administração.
Também pode ser avaliada pela administração a possibilidade de concessão de um plano de saúde para os servidores. “O prefeito disse que ia fazer uma pesquisa em empresas privadas e prefeituras que já concedem este benefícios para verificar a possibilidade de atendimento do pedido. Ele acenou com a possibilidade de um plano em que os custos sejam rateados, ou seja, a Prefeitura paga uma parte e o servidor a outra”, revelou Santos.
Pagamento do piso nacional aos agentes
Além das dez reivindicações gerais que atendem todas as categorias, foram apresentados pedidos que atendem especificamente servidores de algumas secretarias ou classe profissional, que também foram colhidas durante a assembleia realizada em dezembro.
Entre elas está o pagamento do piso nacional aos agentes Comunitários de Saúde e de Combate a Endemias em seus vencimentos base, de forma a abranger todos os níveis, graus e classes, evitando o achatamento salarial.
É o que vem acontecendo com o magistério. É reajustado apenas a categoria inicial, a Classe A, com base no piso nacional. Com isso as demais classes ficam defasadas. “Com o reajuste oferecido vai zerar o déficit da Classe A. Mas as outras classes (B, C e D) continuarão com um déficit de 14,32%”, informa a contadora Eliane da Costa.
Ainda na Secretaria de Educação, o Governo Municipal informou que está em estudo a concessão de 20% aos professores que exercem atividade na zona rural e gratificação de 40% aos secretários das escolas, que exercem a mesma do assessor.
Para os servidores das secretarias de Infraestrutura e de Agricultura, o pedido foi pagamento de comissão por produtividade, já que atualmente a prefeitura contrata hora/máquina para atender a demanda. “Então porque não pagar aos próprios operadores de máquina?”, indagou Gabriel.
Também foi solicitada jornada de trabalho de seis horas, durante o verão para os servidores braçais destas duas secretarias.
RESPOSTA POR ESCRITO
Na Secretaria de Assistência Social, o pleito foi a revisão da escala de trabalho de 12 X 36 no Abrigo Anjo da Guarda. Como houve concurso para atender a demanda daquela unidade, existe a possibilidade de atendimento do pleito.
Foi reivindicado, ainda, a redução da carga horária dos psicólogos, equiparando-a com as dos assistentes sociais, que desempenham atividade com o mesmo objetivo e para o mesmo público.
Já para os servidores da Secretaria de Proteção à Vida, o Sindicato pediu a abertura de concurso paras orientadores de trânsito, pagamento de adicional de insalubridade e periculosidade aos agentes de trânsito, a exemplo do que já acontece em Maringá, e ainda foi entregue uma proposta de atualização do estatuto e tabela de vencimentos da Guarda Municipal.
Por fim, o prefeito pediu 30 dias de prazo para responder a proposta de a Prefeitura comprar um novo plano de cargos e salários paras os servidores. Ele havia solicitado que a aquisição fosse feita pelo Sinserpar, mas com o fim da contribuição sindical, a entidade teria dificuldades para fazer esta aquisição.
“Tudo o que foi discutido, pedimos ao prefeito que apresentasse a resposta por escrito, para que pudéssemos levá-la para a assembleia. Foi uma reunião positiva e avalio que a proposta de reajuste será aceita. Mas a assembleia é soberana para tomar sua decisão”, finalizou Gabriel dos Santos.