Sismógrafos tentam desvendar os abalos em Londrina
Mais três tremores de terra aconteceram no fim de semana, deixando assustados os moradores de Londrina. Ninguém sabe porque e até pesquisadores de São Paulo foram chamados para investigar os abalos.
Os tremores em Londrina começaram há pouco mais de um mês. O mais forte, em 14 de dezembro, alcançou 1,8 na escala Richter e foi registrado até pelo Centro de Sismologia da USP, em São Paulo.
Enquanto aguardam explicações, moradores criaram um grupo para trocar mensagens pelo celular. Nas conversas, relatos de medo, do desespero que virou rotina na cidade, especialmente nos bairros atingidos.
Moradores suspeitam de uma obra feita na região pela empresa de saneamento do estado, mas a empresa nega a relação entre a obra e os abalos, mas diz que está investigando as adutoras. "Nós estamos investigando para eliminar qualquer hipótese de ter alguma ligação com a tubulação da Sanepar", afirma o gerente regional da empresa, Sérgio Bahls.
As respostas são esperadas com ansiedade pelos moradores que voltaram a sentir novos tremores no fim de semana – dois na sexta (1º) e um mais forte no sábado (02/01), quando começaram a aparecer algumas pequenas rachaduras nas casas. “A hora em que a gente começa a relaxar, acontece a explosão de novo, e aí volta. A gente está ficando traumatizado, na verdade”, afirma a vendedora Daniela Baron.
Os pesquisadores da USP chegaram na tarde desta terça-feira (5) a Londrina com três sismógrafos. Os aparelhos vão ser instalados na região dos tremores para tentar identificar as verdadeiras causas.
Os tremores vêm sendo registrados na zona leste da cidade, na região dos bairros Califórnia, Europa e Vila Brasil.
(SB)