Situação da gripe revela importância de adotar medidas preventivas

REINALDO SILVA
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O Paraná soma 374 casos de gripe e 77 mortes. A Regional de Saúde Metropolitana concentra o maior número de registros, com 161 confirmações da doença e 20 óbitos. Em Paranavaí foram oito casos positivos e quatro mortes.
Os números foram atualizados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) no início da semana e mostram que o vírus Influenza A (H1N1) é o principal causador das complicações por síndrome respiratória aguda grave. Foi responsável por 335 pacientes com a doença, levando 68 à morte, em todo o Paraná.
Outros subtipos virais também fizeram vítimas pelo estado. No caso do vírus Influenza A (H3), foram 16 casos positivos e oito óbitos. Já o Influenza B Vitoria foi identificado em 21 pacientes e provocou uma morte. 
Apesar dos números crescentes em todo o estado, a quantidade de casos de síndrome respiratória aguda grave em decorrência do vírus Influenza se mantém estável no Noroeste do Paraná. 
CAMPANHA DE VACINAÇÃO – Uma das explicações para não haver novas confirmações da doença na região está na cobertura vacinal acima da meta estabelecida pelo Ministério da Saúde, que era 90% do público-alvo. 
De acordo com a 14ª Regional de Saúde, a média de vacinação nos municípios do Noroeste do Paraná foi de 93,27%. Em alguns casos, o índice ficou acima do esperado. Em Itaúna do Sul, o alcance foi de 108%. Em São Pedro do Paraná, 107%. Em Marilena, 104%. Em Santo Antônio do Caiuá, 103%.
Cabe destacar que a campanha de vacinação incluiu nos grupos prioritários pessoas com maior suscetibilidade aos sintomas da gripe: crianças, gestantes, mulheres em período pós-parto, idosos e pessoas com doenças crônicas. Trabalhadores da área da saúde e professores também foram contemplados.
A campanha nacional teve início no dia 10 de abril e se estendeu até 31 de maio. Depois desse período, os municípios foram autorizados a liberar as doses remanescentes da vacina para o público geral. 
PREVENÇÃO – A Seção de Vigilância em Saúde da 14ª Regional de Saúde apontou outra situação que tem garantido a estagnação no quadro de confirmações de gripe provocada pelo vírus Influenza: a prevenção.
A avaliação é que cresceu a preocupação com a higiene pessoal e outras medidas que podem evitar o contágio. O uso de água e sabão ou álcool em gel para lavar as mãos é essencial e deve ser feito frequentemente.
Deixar portas e janelas abertas, permitindo a ventilação dos ambientes internos, também ajuda a reduzir a propagação da doença.
A orientação é que locais com grande fluxo de pessoas ao longo do dia, por exemplo, lojas e igrejas, tenham disponíveis frascos com álcool em gel para o uso do público. Também é importante evitar o compartilhamento de objetos de uso pessoal, como talheres e copos. 
NAS ESCOLAS – A Seção de Vigilância em Saúde fez apontamentos sobre os cuidados que devem ser tomados nas escolas, especialmente aquelas que atendem o público infantil. 
Não é preciso isolar o estabelecimento quando alguém apresenta sintomas de síndrome respiratória. Basta fazer a higienização correta e manter o ambiente ventilado. A recomendação é que as pessoas com gripe fiquem afastadas até que estejam curadas – serve para alunos, professores e demais funcionários.
OUTRAS ATIVIDADES – Quem trabalha com atendimento ao público também precisa ficar atento. Como a transmissão se dá por vias aéreas, as conversas com outras pessoas podem ser fatores de propagação do vírus da gripe.
Profissionais que atuam com a manipulação de alimentos devem ter as mesmas preocupações, já que gotículas de saliva ou o uso das mãos sem as devidas medidas de higiene favorecem o contágio.