Situação na Vila Operária é bastante preocupante
Começou ontem e deve se estender até amanhã o trabalho intensivo de combate ao Aedes aegypti, na Vila Operária, em Paranavaí. Além de fazer orientações para os moradores, a equipe da Vigilância em Saúde está eliminando focos de larvas do mosquito transmissor da dengue.
No começo de janeiro, o Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (Lira) mostrou que a situação na Vila Operária é bastante preocupante. Foram 3,5% de infestação naquela região, sendo que o Ministério da Saúde considera como tolerável 1%.
De acordo com o diretor da Vigilância em Saúde, Randal Fadel Filho, o principal problema está nos pratinhos usados em vasos de plantas. É que a água acumulada nesses objetos garante condições para que o mosquito complete o ciclo de reprodução.
O trabalho na Vila Operária também inclui o recolhimento entulho. Ao longo da semana, servidores municipais farão a coleta, para evitar que móveis velhos e outros objetos deixados nos quintais se transformem em criadouros do Aedes aegypti.
Fadel Filho explicou que os moradores não devem colocar nada nas calçadas. As pessoas que tiverem algo para ser recolhido precisam informar os agentes da Vigilância em Saúde para que cadastrem o endereço e busquem o lixo.
A ação na Vila Operária segue o formato dos trabalhos realizados recentemente no Jardim Morumbi. De acordo com o diretor da Vigilância em Saúde, é a região da cidade com maior índice de infestação por Aedes aegypti.
Mas o problema não está concentrado em algumas localidades de Paranavaí. Os agentes de saúde têm encontrado grande quantidade de larvas do mosquito que transmite a dengue na maioria dos bairros. Em média, são feitas dez notificações por dia.
O resultado do descaso dos moradores não poderia ser diferente: de 1º de janeiro até a tarde de ontem, 84 pessoas tiveram sintomas de dengue. Desse total, cinco casos foram confirmados e 19 foram negativados. O restante ainda está sendo analisado em laboratório.