Sobre os protestos, Marcelo diz que função dos jogadores é só jogar bola

TERESÓPOLIS – O lateral esquerdo Marcelo foi o último jogador a se apresentar na Granja Comary, onde está o centro de treinamento da CBF, em Teresópolis. Ele ganhou um dia a mais para se apresentar, chegando terça-feira  para comemorar o título do Real Madrid na Liga dos Campeões, conquistado sábado passado.
Por isso, ele não se apresentou em um hotel no Rio, na segunda-feira, quando os jogadores da seleção foram hostilizados por professores em greve que pedem, entre outras coisas, reajuste salarial.
"Eu cheguei no aeroporto do Galeão [terça] e fui aplaudido e recebi incentivos. Agora, cada um tem sua opinião. Se acha que tem que protestar, tem que protestar. Nossa função, é jogar bola e dar alegria ao povo brasileiro. Não dá para fazer muito mais. Temos que jogar nossa bolinha e ajudar um pouco. Nosso objetivo é esse. Ganhar título para dar alegrias", disse Marcelo em entrevista coletiva ontem  em Teresópolis.
Marcelo se irritou quando foi solicitado a ele comparar como é jogar no Real Madrid, um time cheio de craques, e na seleção, que segundo o jornalista não teria tantos jogadores de qualidade quanto o time espanhol.
"Você acha que o Brasil não forma craque? Essa pergunta é sua? Acho sacanagem perguntar isso. É só ver que tem vários jogadores arrebentando na Europa, fora do Brasil. Se o Real Madrid é melhor que a seleção? São duas coisas diferentes. O Real é um time, e o Brasil é uma seleção. Não tem relação", disse o jogador.
Ele disse também que não se sente unanimidade na lateral esquerda, e que precisa respeitar Maxwell, seu reserva.
"Não me sinto confortável. Sempre quero mais, quero brigar e representar bem o meu país. Muita gente dizia que eu era o novo Roberto Carlos, mas não acho isso. Ele é meu ídolo e quero seguir os passos dele", disse o jogador.