Sociedade está cansada de impunidade, diz Roberto Gurgel
BRASÍLIA – Ao dizer que a sociedade está "cansada da impunidade, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou que os protestos que tomaram conta do Brasil nos últimos dias também revelam que o povo é contrário à PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 37, que retira os poderes de investigação do Ministério Público.
"Isso mostra, que [o poder de investigação do Ministério Público] não é um tema que interessa apenas ao MP e à Polícia, nem mesmo apenas ao sistema de Justiça; É algo que interessa a toda a nação, toda sociedade", disse Gurgel.
"O fato de esses jovens que ocupam as ruas brasileiras, manifestando a preocupação com grandes temas nacionais, incluir entre esses temas a PEC 37, evidencia que a sociedade brasileira como um todo está preocupada com essa verdadeira mutilação do Ministério Público (…) Quando se mutila o Ministério Público, é a sociedade que fica impedida de seus direitos", concluiu.
O procurador-geral também defendeu que a proposta não seja votada pela Câmara na semana que vem, mas já adiantou que irá levar o tema ao Supremo, caso ela seja aprovada.
Manifestações – O ministro Gilmar Mendes, ao comentar sobre as manifestações, afirmou que os atos estão assegurados pela Constituição, mas defendeu uma "ponderação".
"É claro que há o direito de propriedade. Não pode haver vandalismo, não pode haver violência contra pessoa, a integridade física contra as pessoas. Não há direito de vandalizar, de destruir propriedade e de atacar a integridade física das pessoas”.
Mendes disse não ter elementos para avaliar o motivo dos protestos, mas disse que "sem dúvida nenhuma, pelo que estamos vendo, não é manifestação de contentamento".
Já o ministro aposentado Carlos Ayres Britto argumentou que trata-se do "modo de protagonizar a cidadania".
"É a protagonização do cidadão pelo modo mais direto. Isso não é ruim. isso é muito bom. É o chamamento das instituições para o cumprimento do papel que lhes cabe, de atuar como locomotiva social. Nesse momento, o povo não é vagão, é a própria locomotiva de seu destino. Isso confere a ele, povo, a mais legítima autoridade para passar um pito nas autoridades instituídas”.
"Isso mostra, que [o poder de investigação do Ministério Público] não é um tema que interessa apenas ao MP e à Polícia, nem mesmo apenas ao sistema de Justiça; É algo que interessa a toda a nação, toda sociedade", disse Gurgel.
"O fato de esses jovens que ocupam as ruas brasileiras, manifestando a preocupação com grandes temas nacionais, incluir entre esses temas a PEC 37, evidencia que a sociedade brasileira como um todo está preocupada com essa verdadeira mutilação do Ministério Público (…) Quando se mutila o Ministério Público, é a sociedade que fica impedida de seus direitos", concluiu.
O procurador-geral também defendeu que a proposta não seja votada pela Câmara na semana que vem, mas já adiantou que irá levar o tema ao Supremo, caso ela seja aprovada.
Manifestações – O ministro Gilmar Mendes, ao comentar sobre as manifestações, afirmou que os atos estão assegurados pela Constituição, mas defendeu uma "ponderação".
"É claro que há o direito de propriedade. Não pode haver vandalismo, não pode haver violência contra pessoa, a integridade física contra as pessoas. Não há direito de vandalizar, de destruir propriedade e de atacar a integridade física das pessoas”.
Mendes disse não ter elementos para avaliar o motivo dos protestos, mas disse que "sem dúvida nenhuma, pelo que estamos vendo, não é manifestação de contentamento".
Já o ministro aposentado Carlos Ayres Britto argumentou que trata-se do "modo de protagonizar a cidadania".
"É a protagonização do cidadão pelo modo mais direto. Isso não é ruim. isso é muito bom. É o chamamento das instituições para o cumprimento do papel que lhes cabe, de atuar como locomotiva social. Nesse momento, o povo não é vagão, é a própria locomotiva de seu destino. Isso confere a ele, povo, a mais legítima autoridade para passar um pito nas autoridades instituídas”.