Sociedade paga pela falta de credibilidade do governo, diz Marina
A ex-senadora Marina Silva (PSB) criticou ontem as medidas que o governo tem tomado para combater a crise econômica e afirmou que a sociedade está pagando um preço alto devido à "falta de credibilidade" da gestão da presidente Dilma Rousseff.
Marina participou, no Recife, da cerimônia de divulgação de um projeto de lei que cria o Programa de Pagamento por Serviços Ambientais, que incentiva empresas a tomarem medidas de proteção ao meio ambiente em troca de benefícios fiscais.
Em entrevista após a cerimônia, Marina afirmou que os ajustes no Orçamento são necessários, mas disse que o remédio está sendo muito mais "amargoso" devido à "falta de credibilidade" do governo.
"A falta de credibilidade faz com que as medidas sejam mais duras do que seriam [com outro governo]. O ajuste é necessário, e nós tivemos a coragem de dizê-lo ainda na campanha. Pagamos um preço muito alto por dizer que havia uma crise e a crise havia de ser tratada", afirmou.
Segundo Marina, Dilma não reconheceu, na campanha pela reeleição, que havia uma crise no país, chamando de pessimistas os que alertavam para esse cenário.
"Quando era para reconhecer a crise, [Dilma] não reconheceu. Ganhou uma eleição dizendo que tudo era maravilhoso e quem fazia qualquer alerta era chamado de pessimista, e agora está aplicando um remédio muito doloroso na sociedade", criticou a ex-senadora.
Ela disse ainda que a sociedade está pagando um preço alto devido ao aumento do desemprego, da inflação e dos juros, e que o governo não está disposto a fazer o mesmo.
"[O governo] Mantém 39 ministérios, mantém mais de 20 mil cargos comissionados, aumenta os recursos do fundo partidário e corta R$ 7 bilhões na educação, reduz à metade os recursos para o Pronatec, reduz em cerca de R$ 7 bilhões os recursos para o Minha Casa, Minha Vida", disse.
Marina afirmou que "muita gente está instrumentalizando a crise", tentando extrair vantagens políticas, e voltou a criticar a relação entre governo federal e Congresso, ao dizer que a queda de braço entre ambos "é fruto de um esgotamento de um presidencialismo de coalizão, que hoje já não é mais de coalizão, é de confusão mesmo".
Ela ainda atacou a decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, de levar o debate da reforma política para o plenário sem considerar as contribuições da comissão que havia analisado o tema.
Segundo ela, a reforma política "não é um debate que interessa apenas aos deputados", e tratar do tema diretamente no plenário, sem considerar as contribuições da comissão, "reduz muito o debate sobre as propostas que vieram da sociedade".
VISITA – Esta foi a primeira vez que Marina Silva esteve em Pernambuco desde a campanha eleitoral de 2014, quando ela assumiu a candidatura presidencial do PSB após a morte do ex-governador e então candidato Eduardo Campos.
Antes da cerimônia, ela teve encontro reservado com o governador Paulo Câmara (PSB) e com o secretário de Meio Ambiente, Sérgio Xavier, simpatizante da Rede. O prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), era esperado, mas não compareceu.
Na segunda (25), Marina fez uma visita à viúva de Eduardo Campos, Renata Campos, e aos filhos do casal. No encontro, que durou das 17h às 19h, elas estavam emocionadas e conversaram, entre outros assuntos, sobre o ex-governador, que morreu em acidente aéreo em agosto, durante a campanha presidencial.
Foi servido um farto lanche da tarde, mas, por causa de suas restrições alimentares, Marina teve de trocar o bolo-de-rolo pernambucano por cuscuz nordestino e água de coco.
À noite participou de uma plenária com membros estaduais da Rede.
Marina participou, no Recife, da cerimônia de divulgação de um projeto de lei que cria o Programa de Pagamento por Serviços Ambientais, que incentiva empresas a tomarem medidas de proteção ao meio ambiente em troca de benefícios fiscais.
Em entrevista após a cerimônia, Marina afirmou que os ajustes no Orçamento são necessários, mas disse que o remédio está sendo muito mais "amargoso" devido à "falta de credibilidade" do governo.
"A falta de credibilidade faz com que as medidas sejam mais duras do que seriam [com outro governo]. O ajuste é necessário, e nós tivemos a coragem de dizê-lo ainda na campanha. Pagamos um preço muito alto por dizer que havia uma crise e a crise havia de ser tratada", afirmou.
Segundo Marina, Dilma não reconheceu, na campanha pela reeleição, que havia uma crise no país, chamando de pessimistas os que alertavam para esse cenário.
"Quando era para reconhecer a crise, [Dilma] não reconheceu. Ganhou uma eleição dizendo que tudo era maravilhoso e quem fazia qualquer alerta era chamado de pessimista, e agora está aplicando um remédio muito doloroso na sociedade", criticou a ex-senadora.
Ela disse ainda que a sociedade está pagando um preço alto devido ao aumento do desemprego, da inflação e dos juros, e que o governo não está disposto a fazer o mesmo.
"[O governo] Mantém 39 ministérios, mantém mais de 20 mil cargos comissionados, aumenta os recursos do fundo partidário e corta R$ 7 bilhões na educação, reduz à metade os recursos para o Pronatec, reduz em cerca de R$ 7 bilhões os recursos para o Minha Casa, Minha Vida", disse.
Marina afirmou que "muita gente está instrumentalizando a crise", tentando extrair vantagens políticas, e voltou a criticar a relação entre governo federal e Congresso, ao dizer que a queda de braço entre ambos "é fruto de um esgotamento de um presidencialismo de coalizão, que hoje já não é mais de coalizão, é de confusão mesmo".
Ela ainda atacou a decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, de levar o debate da reforma política para o plenário sem considerar as contribuições da comissão que havia analisado o tema.
Segundo ela, a reforma política "não é um debate que interessa apenas aos deputados", e tratar do tema diretamente no plenário, sem considerar as contribuições da comissão, "reduz muito o debate sobre as propostas que vieram da sociedade".
VISITA – Esta foi a primeira vez que Marina Silva esteve em Pernambuco desde a campanha eleitoral de 2014, quando ela assumiu a candidatura presidencial do PSB após a morte do ex-governador e então candidato Eduardo Campos.
Antes da cerimônia, ela teve encontro reservado com o governador Paulo Câmara (PSB) e com o secretário de Meio Ambiente, Sérgio Xavier, simpatizante da Rede. O prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), era esperado, mas não compareceu.
Na segunda (25), Marina fez uma visita à viúva de Eduardo Campos, Renata Campos, e aos filhos do casal. No encontro, que durou das 17h às 19h, elas estavam emocionadas e conversaram, entre outros assuntos, sobre o ex-governador, que morreu em acidente aéreo em agosto, durante a campanha presidencial.
Foi servido um farto lanche da tarde, mas, por causa de suas restrições alimentares, Marina teve de trocar o bolo-de-rolo pernambucano por cuscuz nordestino e água de coco.
À noite participou de uma plenária com membros estaduais da Rede.