Software alerta perigo de assédio a crianças e adolescentes
CURITIBA – Após ler milhares de conversas em chats na internet, pesquisadores da PUC-PR identificaram padrões e criaram um software que aponta o risco de assédio sexual que crianças e jovens correm ao conversar pela rede.
A pesquisa, baseada em bate-papos em inglês, foi concluída no final de 2013. Agora, o grupo tenta obter aval da Justiça brasileira para acessar conversas em português, extraídas de casos reais.
A ideia é oferecer o software gratuitamente a usuários ou órgãos de segurança.
A pesquisa usou a base de dados de uma fundação americana, a Perverted Justice, que "caça" predadores sexuais em salas de bate-papo.
Quarenta conversas com criminosos foram analisadas pelo grupo, que identificou nelas as seis fases típicas do aliciamento de menores, já conhecidas por psicólogos e pesquisadores.
No início, a conversa flui normalmente, como qualquer outra. O potencial agressor se aproxima da criança ao compartilhar informações pessoais, de relacionamento, gostos em comum e elogios.
Aos poucos, começa a usar palavras de cunho sexual com frequência, de forma positiva e natural, e se coloca como o melhor amigo da vítima, isolando-a de familiares e amigos. Por fim, é sugerido um encontro.
"Até agora, as pesquisas da área vinham identificando os estágios de aliciamento. Nós demos um passo adiante e calculamos o percentual de risco", diz o professor de informática Altair Santin, da PUC-PR.
O cálculo é feito por um algoritmo, que identificou matematicamente o avanço das fases de aliciamento.
Conforme a conversa segue, o software calcula a probabilidade de o contato acabar em abuso sexual. O percentual será informado aos pais, por e-mail ou mensagem de texto, em tempo real.
"Essa é uma informação rica e importante para que eles possam proteger seus filhos", afirma Santin.
Quando o risco for alto, o grupo estuda a possibilidade de o software enviar o alerta direto para a polícia. "Aí podemos anexar inclusive o arquivo da conversa", diz.
A pesquisa levou dois anos para ser concluída e foi bancada pela Rede Marista de Solidariedade. O grupo procura agora parcerias com instituições para desenvolver o programa em português.
A pesquisa, baseada em bate-papos em inglês, foi concluída no final de 2013. Agora, o grupo tenta obter aval da Justiça brasileira para acessar conversas em português, extraídas de casos reais.
A ideia é oferecer o software gratuitamente a usuários ou órgãos de segurança.
A pesquisa usou a base de dados de uma fundação americana, a Perverted Justice, que "caça" predadores sexuais em salas de bate-papo.
Quarenta conversas com criminosos foram analisadas pelo grupo, que identificou nelas as seis fases típicas do aliciamento de menores, já conhecidas por psicólogos e pesquisadores.
No início, a conversa flui normalmente, como qualquer outra. O potencial agressor se aproxima da criança ao compartilhar informações pessoais, de relacionamento, gostos em comum e elogios.
Aos poucos, começa a usar palavras de cunho sexual com frequência, de forma positiva e natural, e se coloca como o melhor amigo da vítima, isolando-a de familiares e amigos. Por fim, é sugerido um encontro.
"Até agora, as pesquisas da área vinham identificando os estágios de aliciamento. Nós demos um passo adiante e calculamos o percentual de risco", diz o professor de informática Altair Santin, da PUC-PR.
O cálculo é feito por um algoritmo, que identificou matematicamente o avanço das fases de aliciamento.
Conforme a conversa segue, o software calcula a probabilidade de o contato acabar em abuso sexual. O percentual será informado aos pais, por e-mail ou mensagem de texto, em tempo real.
"Essa é uma informação rica e importante para que eles possam proteger seus filhos", afirma Santin.
Quando o risco for alto, o grupo estuda a possibilidade de o software enviar o alerta direto para a polícia. "Aí podemos anexar inclusive o arquivo da conversa", diz.
A pesquisa levou dois anos para ser concluída e foi bancada pela Rede Marista de Solidariedade. O grupo procura agora parcerias com instituições para desenvolver o programa em português.