Sumaré tem comércio forte e serviços, mas ainda busca afirmação na saúde

Um comércio forte, que tem praticamente tudo o que as pessoas precisam para viver bem. Um leque de serviços que atende a necessidade do morador.
Esse é um resumo do Distrito de Sumaré na visão do presidente da Associação de moradores, Wilson Santana dos Santos. Mas, a comunidade ainda busca uma estrutura de saúde capaz de suprir a demanda.
O líder comunitário explica que o atendimento por parte dos profissionais é satisfatório e merece elogios por parte dos moradores. Porém, há carências na infraestrutura e no tamanho da equipe. Faltam médicos e outros profissionais, analisa.
Ele justifica a sua afirmação no fato de que todos os dias há filas desde a madrugada para garantir atendimento médico. Na visão do presidente, o distrito precisa de mais médicos.
Aliás, este é o grande desafio da saúde pública no município, como vêm apontando as autoridades. O problema estaria na falta de profissionais disponíveis no mercado para atendimento no serviço público.
#IMG02INFRAESTRUTURA – O distrito também tem alguns problemas de infraestrutura. Comunidade de trabalhadores, o Sumaré vê a maioria dos seus moradores sair toda manhã para uma atividade profissional, grande parte na indústria – empresas concentradas no Distrito Industrial de Paranavaí – DIP.
Essas pessoas enfrentam problemas de segurança no trânsito, quer no cruzamento da Avenida Militão Rodrigues de Carvalho com a BR-376 (acesso ao perímetro urbano de Paranavaí) ou no prolongamento da mesma via no acesso ao DIP.
No primeiro caso (cruzamento onde está localizado o posto de Polícia Rodoviária Federal) a solução definitiva passa pela construção de um viaduto. Mas, uma alternativa mais modesta também resolveria o problema. Santos defende a instalação imediata de um semáforo, regulando o tráfego no cruzamento, facilitando a vida de quem pretende entrar ou sair do distrito.
Nos horários de pico (por volta das 8 horas e às 18 horas), é uma “aventura” fazer tal percurso. Há negociações e pleitos de autoridades em trâmite, mas sem previsão de sucesso.
Já no prolongamento da Militão Rodrigues de Carvalho (acesso ao DIP), a população pede a construção de uma ciclovia. Hoje moradores disputam espaço com veículos de passeio e pesados, tornando perigoso o acesso e o retorno do trabalho.  
Mas, em que pese os gargalos da saúde e na infraestrutura, o Sumaré desfruta de condições diferenciadas pelo perfil da sua gente. “Aqui todo mundo se conhece, praticamente não tem criminalidade”, comemora Santos. As pessoas são colaborativas e a comunidade vive em tranquilidade.
#IMG03SERVIÇOS PRESTADOS – Embora vá completar dois anos à frente da Associação, Santos tem uma tradição de serviços prestados à comunidade. Há décadas é diretor da entidade. Herança da sua mãe, Natalícia Maria dos Santos, uma líder comunitária de muito carisma, que ajudou na fundação e presidiu a Associação do Sumaré por vários anos a partir da década de 1980. Ela faleceu em 2007.
Aliás, Santos faz um apelo aos moradores para que participem da vida da associação. Ele lamenta que muitas vezes apenas alguns diretores desenvolvem o trabalho. Muito foi feito, mas há muito por fazer, como o desenvolvimento de projetos que integrem a juventude e os idosos, além da melhoria da estrutura da sede da associação.
Enfim, o Sumaré é uma comunidade organizada, tradicional e que precisa da mobilização para dar novos passos ao futuro inevitável: o desenvolvimento.