Superlotação na Santa Casa continua e solução passa por consciência regional
A superlotação continua na Santa Casa de Paranavaí. Uma semana depois de matéria feita pelo Diário do Noroeste, quando o hospital atingiu 100% da sua capacidade, o cenário continua muito parecido.
Ontem a taxa de ocupação estava em 92% no final da manhã, mas ultrapassava a 100% em alguns setores, como na enfermaria masculina. Solução deve ser buscada em conjunto com os municípios da região, aponta direção do hospital.
O diretor Héracles de Alencar Arrais confirmou que ontem por volta das 11 horas, o hospital abrigava 155 pacientes. Embora com 170 leitos no geral, alguns setores excederam a capacidade. Neste mesmo horário, seis pacientes adultos estavam em leitos provisórios, ou seja, uma situação de improviso para socorrer pessoas doentes.
A diferença entre o total de internados e a capacidade de vagas ocorre porque sobram poucos leitos em alguns setores, detalha. Arrais cita o caso da maternidade, que ontem estava com 17 das 24 vagas ocupadas. Essas vagas são exclusivas para o setor, reforça.
EVITAR O CAOS – O administrador complementa que o esforço é no sentido de evitar que o Pronto Socorro da Santa Casa se torne um caos com pacientes internados de forma precária.
Isso acontece em alguns hospitais de caráter regional de outras grandes cidades, com pessoas deitadas em macas nos corredores, aguardando vagas.
DEBATE REGIONAL – A redução do problema passa por uma ampla conversação entre os gestores da saúde nas cidades, analisa Héracles Arrais. O primeiro passo é um esforço para enviar apenas pacientes das chamadas média e alta complexidades, a finalidade de um hospital com as características da Santa Casa.
Na prática, os municípios devem melhorar a resolutividade na base, deixando de encaminhar as pessoas que podem ser tratadas nas suas cidades de origem. “Todos podem fazer uma parte”, insiste.
A regra vale também para Paranavaí, aponta. Mesmo sem hospital municipal, pacientes menos graves da cidade podem ser encaminhados para unidades na região, integrantes da rede do Sistema Único de Saúde – SUS.
REUNIÃO DE GESTORES – A Santa Casa já solicitou que a 14ª Regional de Saúde promova um encontro com os gestores regionais, visando fazer tal conscientização. A regional já teria se comprometido a promover a reunião.
Ainda assim, a solução definitiva passa pela ampliação do número de vagas. Isso só será possível com a conclusão das obras do Hospital Noroeste, a ser incorporado à Santa Casa. As obras deverão ser retomadas ainda neste mês, informa Arrais. Previsão de término em 300 dias úteis, ou seja, cerca de um ano e meio. Serão mais 120 leitos gerais e outros 10 de UTI.
Hospital filantrópico, a Santa Casa tem o compromisso pactuado de manter 60% dos atendimentos do SUS. Porém, a taxa atual é de 82% SUS. Maior cidade, Paranavaí também é a principal usuária. Na última quinta-feira, por exemplo, dos 168 pacientes internados, 73 eram de Paranavaí.
O tempo médio de internamento é de quatro dias, mas há caso que duram semanas. O paciente mais antigo, por exemplo, está na UTI – Unidade de Terapia Intensiva – há mais de 320 dias e sem previsão de alta médica. A UTI é outro caso de superlotação, mantendo os dez leitos ocupados à maioria do tempo.
Sem contar que muitas vezes são abertas até quatro vagas extras, ou seja, improvisadas em espaço que deveriam ser ocupados por pacientes de outros setores. É uma situação de risco, já que limita a ação rápida da UTI em caso de emergência – desastres naturais e acidentes – por exemplo.
Ontem a taxa de ocupação estava em 92% no final da manhã, mas ultrapassava a 100% em alguns setores, como na enfermaria masculina. Solução deve ser buscada em conjunto com os municípios da região, aponta direção do hospital.
O diretor Héracles de Alencar Arrais confirmou que ontem por volta das 11 horas, o hospital abrigava 155 pacientes. Embora com 170 leitos no geral, alguns setores excederam a capacidade. Neste mesmo horário, seis pacientes adultos estavam em leitos provisórios, ou seja, uma situação de improviso para socorrer pessoas doentes.
A diferença entre o total de internados e a capacidade de vagas ocorre porque sobram poucos leitos em alguns setores, detalha. Arrais cita o caso da maternidade, que ontem estava com 17 das 24 vagas ocupadas. Essas vagas são exclusivas para o setor, reforça.
EVITAR O CAOS – O administrador complementa que o esforço é no sentido de evitar que o Pronto Socorro da Santa Casa se torne um caos com pacientes internados de forma precária.
Isso acontece em alguns hospitais de caráter regional de outras grandes cidades, com pessoas deitadas em macas nos corredores, aguardando vagas.
DEBATE REGIONAL – A redução do problema passa por uma ampla conversação entre os gestores da saúde nas cidades, analisa Héracles Arrais. O primeiro passo é um esforço para enviar apenas pacientes das chamadas média e alta complexidades, a finalidade de um hospital com as características da Santa Casa.
Na prática, os municípios devem melhorar a resolutividade na base, deixando de encaminhar as pessoas que podem ser tratadas nas suas cidades de origem. “Todos podem fazer uma parte”, insiste.
A regra vale também para Paranavaí, aponta. Mesmo sem hospital municipal, pacientes menos graves da cidade podem ser encaminhados para unidades na região, integrantes da rede do Sistema Único de Saúde – SUS.
REUNIÃO DE GESTORES – A Santa Casa já solicitou que a 14ª Regional de Saúde promova um encontro com os gestores regionais, visando fazer tal conscientização. A regional já teria se comprometido a promover a reunião.
Ainda assim, a solução definitiva passa pela ampliação do número de vagas. Isso só será possível com a conclusão das obras do Hospital Noroeste, a ser incorporado à Santa Casa. As obras deverão ser retomadas ainda neste mês, informa Arrais. Previsão de término em 300 dias úteis, ou seja, cerca de um ano e meio. Serão mais 120 leitos gerais e outros 10 de UTI.
Hospital filantrópico, a Santa Casa tem o compromisso pactuado de manter 60% dos atendimentos do SUS. Porém, a taxa atual é de 82% SUS. Maior cidade, Paranavaí também é a principal usuária. Na última quinta-feira, por exemplo, dos 168 pacientes internados, 73 eram de Paranavaí.
O tempo médio de internamento é de quatro dias, mas há caso que duram semanas. O paciente mais antigo, por exemplo, está na UTI – Unidade de Terapia Intensiva – há mais de 320 dias e sem previsão de alta médica. A UTI é outro caso de superlotação, mantendo os dez leitos ocupados à maioria do tempo.
Sem contar que muitas vezes são abertas até quatro vagas extras, ou seja, improvisadas em espaço que deveriam ser ocupados por pacientes de outros setores. É uma situação de risco, já que limita a ação rápida da UTI em caso de emergência – desastres naturais e acidentes – por exemplo.