Suspeito de matar pai e filha será transferido para Paranavaí
A Polícia Civil confirmou ontem a prisão, em Santa Catarina, do suspeito de ter assassinado a tiros pai e filha no Jardim Morumbi, em Paranavaí, no dia 2 deste mês. Ele deverá ser transferido para a cidade nos próximos dias.
A prisão aconteceu na cidade catarinense de Garopaba, no final da tarde de anteontem. O crime chocou a população porque, entre outras razões, a menina assassinada tinha apenas quatro anos.
A prisão do acusado se deu após contatos da Polícia Civil de Paranavaí com a Polícia Militar da cidade catarinense, confirmando a informação de que o suspeito estava escondido em casa de familiares.
Diante dos indícios colhidos pela Polícia Civil, o Poder Judiciário expediu o mandado de prisão há dez dias, agora cumprido. O autor, conhecido pelo apelido Bob Marley, deve ser transferido para Paranavaí, ficando à disposição da Justiça.
Uma equipe da Polícia Civil de Paranavaí deve ir até a cidade onde o suspeito está preso no litoral Sul de Santa Catarina para fazer a transferência, o que deve ocorrer em até uma semana. Só então, já em Paranavaí, deve ser ouvido oficialmente.
Um policial catarinense confirmou (por telefone) à reportagem do Diário do Noroeste que a prisão aconteceu na casa de familiares e o suspeito não esboçou reação. Preso, ele não disse nada sobre o caso do Jardim Morumbi. Neste caso, é comum o preso prestar depoimento apenas onde o caso é investigado.
A questão central é, em caso de confissão do crime, a motivação para o bárbaro duplo homicídio e os passos da fuga até a localização e prisão pela PM catarinense.
Nas últimas semanas, informalmente, a comunidade do Jardim Morumbi debatia sobre o crime e muitos diziam que o matador tinha fugido.
Com a captura do suspeito, a história “começa a fazer sentido”, comentou um morador ontem, negando que soubesse a identidade do autor, mas apenas “ouviu falar” sobre a possibilidade.
O CASO – O duplo assassinato chocou a população paranavaiense por vitimar também uma criança de 4 anos dentro de casa. A mulher da vítima e mãe da criança, estava em casa quando do crime. Única testemunha, relatou que estava na cozinha quando o atirador entrou perguntando pelo marido.
A mulher apontou a direção do quarto e o assassino se dirigiu até o cômodo, fazendo vários disparos de arma de fogo. Embora o alvo tenha sido o homem, de 27 anos, também a menina que estava em seu colo foi atingida. Portanto, nesta linha a morte da criança teria sido “acidental”.
Conforme relatos da época, a mulher ao ouvir os disparos correu para fora da casa e se escondeu atrás de um pé de jabuticaba. Quando o assassino deixou a casa, ela entrou e encontrou o marido caminhando em direção à rua e com ferimento no pescoço. Ao entrar no quarto, a mulher encontrou a filha baleada.
A menina chegou a ser socorrida por populares e morreu na Santa Casa de Paranavaí. Já o pai acabou morrendo na calçada na frente da casa em que residia.
Com essas duas mortes, já foram registrados sete homicídios e dois latrocínios neste ano em Paranavaí. No ano de 2016 houve o registrou de 11 homicídios, um feminicídio (crime cometido contra a mulher em razão do gênero) e um latrocínio em Paranavaí.